As luzes e enfeites ainda presentes nas árvores, casas e lojas nos lembram que mais um Natal passou e de que estamos diante do fim de mais um ano. Se o Deus Soberano permitir, daqui a alguns dias, estaremos passando do final de 2017 para o início de 2018.
Mais do que nunca, nesta época do ano, devemos refletir no quanto crescemos em estatura e graça diante de Deus e qual é a nova resolução para o ano de 2018. Mas também é nesta época do ano que somos mais tentados a nos esquecermos da resolução principal do cristão e sonharmos com todos os outros tipos de resolução.
As reuniões familiares acaloradas e divertidas nos tentam a buscarmos a resolução, mesmo que não deliberada, de buscar refúgio e satisfação em relacionamentos. Os quilos a mais acumulados nas festas nos faz sonhar com o corpo perfeito em 2018. Até mesmo as viagens desta época do ano podem nos deslumbrar para a busca desenfreada de uma vida de turista e não da vida de peregrino que somos chamados a viver.
Na verdade, o próprio Deus, por meio do apóstolo Pedro, nos alerta de uma resolução equivocada ou fora da ordem de prioridade. Em 2 Pedro 1.3-11, lemos que aquele que não tem a resolução principal é “cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora”. Também é inativo no reino de Deus e não tem sua vida cristã confirmada por suas atitudes. Esta passagem também nos instrui sobre a resolução principal do cristão, independente do ano: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo, por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora. Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” 2 Pedro 1.3-11
Deus, pelo seu poder, nos dá tudo para... (v. 3):
A primeira lembrança que devemos ter neste novo ano é de Deus. Ele é o criador e também o sustentador do universo (Hebreus 1.2,3). E é pelo poder deste Deus que nós existimos, nos movemos e vivemos (Atos 17.28). Fomos feitos Filhos de Deus e também recebemos todas as suas promessas por meio de Seu poder, ou seja, Deus faz tudo (Filipenses 2.13).
1. ...buscarmos conhecimento completo do Deus glorioso e virtuoso (v. 4a)
Neste novo ano também devemos buscar uma vida de devoção completa a Deus, ao buscarmos crescer no conhecimento completo de Deus, tudo isso tornado possível pelo Seu poder. O alvo máximo do cristão é buscar a Deus, porque este é o glorioso e virtuoso Deus único que nos chamou para si mesmo.
2. ...lembrarmos das promessas de Deus (v. 4b)
Devemos lembrar também das promessas dadas por Deus, especialmente as que se referem a participação da natureza divina e o “escapar da corrupção do mundo causada pelos desejos humanos” (v.4 - NVT). A nova aliança em Cristo e as preciosas promessas da habitação do Espírito Santo, salvação, preservação e santificação devem ser o foco de nossas memórias.
3. ...esforçarmos ao máximo para vivermos conforme as promessas recebidas (v. 5-7)
Fazer parte do corpo de Cristo e receber as preciosas promessas da nova aliança tem suas responsabilidades, isto é, os que são sal e luz devem salgar e iluminar (Mateus 5.13). Devemos reunir toda a nossa diligência para mostrar o Deus glorioso que servimos em nossas atitudes e Suas virtudes incomparáveis sendo forjadas em nosso caráter, por meio de Seu Santo Espírito. Todo o nosso esforço deve estar em vivermos conforme já somos pela fé.
4. ...buscarmos sermos úteis e frutíferos (v. 8)
A utilidade no reino de Deus está ligada com o conhecimento completo de nosso Senhor Jesus Cristo. Devemos buscar sermos frutíferos como ramos enxertados na Videira Verdadeira, de onde deverão fluir amor a Deus e amor ao próximo. Faça planos para ser útil ao se sacrificar e servir pessoas no próximo ano.
5. ...lembrarmos do Evangelho (v. 9)
A ceia é um memorial que o Senhor Jesus Cristo deixou para que nos lembremos de Seu sacrifício em nosso favor e isto é algo essencial dada a nossa facilidade de esquecer isto, apesar de ser o fato mais importante de nossas vidas. Lembrar que o Senhor Jesus Cristo nasceu como homem, viveu obediente a lei, morreu punido pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia deve ser nosso alvo em 2018. Seja em nossos devocionais, trabalho, culto, oração, serviço, ceia, etc., nos lembremos sempre de que amamos porque fomos amados por Deus primeiro, pois Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (Romanos 5.8).
6. ...termos a vocação e eleição confirmadas (v. 10, 11)
Cumprir a resolução de Deus no próximo ano também fará que fiquemos mais seguros em relação a nossa salvação! Ao cumprirmos a nossa missão na terra de fazermos discípulos veremos Deus agir e confirmar a nossa confissão de fé ao mostrar sua presença amorosa e resgatadora, por vezes vista na conversão de um outro pecador assim como aconteceu conosco.
Todas estas resoluções, se buscadas com diligência, adornarão de grande honra a nossa entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Portando, que as luzes abundantes desta época não nos façam cegos para o que está além deste mundo, “pois este mundo, como o conhecemos, logo passará” (1 Coríntios 7.31). Pelo contrário, que em 2018 possamos ver a luz do nosso Senhor Jesus Cristo!
Editorial de Leonardo Cordeiro
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