Talvez seja clichê falar a respeito de expectativas para o ano que está se iniciando, porém, creio que algumas pessoas, assim como eu, tendem a criar expectativas e, às vezes, expectativas que nem dependem de nós mesmos para se tornarem realidades. Projetar planos para o ano que se inicia ou criar expectativas boas para nossas vidas são práticas que estão longe de serem pecaminosas, mas, podem ser atitudes que revelam muito do nosso coração e de como estamos alinhados com a vontade de Deus e com as suas promessas. Provavelmente, ao ler o título deste editorial você tenha pensado: “Como assim este irmão tem a coragem de afirmar que Cristo voltará em 2019?”, sendo que a própria Palavra de Deus nos orienta que a Sua volta será como o ladrão pela noite (1 Tessalonicenses 5.2). Todavia, meu objetivo não é fazer nenhuma profecia herética neste editorial, mas creio que você irá entender melhor este título à medida que avançamos.
Nossos desejos determinam nossas expectativas e planos
Você já viu alguém criando planos contrários a suas próprias vontades? Eu nunca vi. Sempre que formulo planos são baseados em minhas vontades e desejos. Por exemplo, este ano em especial, quase todos meus planos são baseados em um único desejo: Meu casamento. Meus planos financeiros, meu plano de férias, qual período eu posso me ausentar a trabalho, etc. Seria loucura acreditarmos no contrário, creio ser impossível uma pessoa fazer planos para que seus desejos não aconteçam. Seria como eu marcar minhas férias em um período que não o do meu casamento, gastar todos os recursos financeiros de forma inconsequente sem me preocupar com os preparativos do casamento ou marcar uma viagem de trabalho no mesmo fim de semana do meu casamento. Afinal, minha expectativa é que eu me case neste ano. Ora, se meu desejo e meus planos apontam para um casamento, seria loucura dizer que minha expectativa para o ano de 2019 seja permanecer solteiro. Tal ilustração indica que nossos planos e expectativas são baseados em nossos desejos, naquilo que está em nossos corações.
Cuide do seu coração
Se as nossas expectativas e planos são determinados por nossos desejos, nada mais saudável do que cuidarmos do nosso coração. A Palavra de Deus nos alerta de que do nosso coração procedem os maus desígnios (Mateus 15.18, 19), por isso devemos tomar muito cuidado com nosso coração para que possamos ter desejos saudáveis e que agradem a Deus, para que assim possamos realizar planos e criar expectativas alinhadas com o Seu reino.
Recentemente, lendo o livro “Penetrado pela palavra”, escrito pelo pastor John Piper, me deparei com o título do quinto capítulo: “Bebendo suco de laranja para a glória de Deus”. Esse pequeno capítulo aborda que tudo o que fazemos deve ser feito para a glória de Deus, até mesmo as pequenas coisas. E para que isso se torne possível na vida de um cristão, é necessário que ele tenha um coração transformado e que tenha um relacionamento constante com Deus, para que até uma simples vontade de beber um suco de laranja seja impulsionada pela vontade de glorificar a Deus. Dos nossos corações podem, e vão proceder todos os maus desígnios, mas através de Cristo isso pode mudar, Cristo transforma nossos corações para que deles saiam desejos e planos que honrem o Seu nome.
Cristo voltará em 2019!
Esta deve ser a nossa expectativa para o ano que se inicia. Se amamos a Cristo como devemos amar, “de todo o teu coração, de toda a tua alma e com toda a tua inteligência” (Mateus 22.37b), não há como esta não ser a nossa expectativa para 2019, não há como não ser nosso desejo para 2019. E se nosso desejo para este ano é que Cristo volte, nossas expectativas e nossos planos serão baseados na volta de Cristo, e isso mudará o jeito como planejaremos nosso ano e nossa vida.
Lembro-me de uma frase que escutei de um pastor certa vez: “A volta de Cristo só será como um ladrão para aqueles que não estiverem esperando e se preparando para Sua volta”
Que não sejamos pegos de surpresa pela volta de Cristo, que sejamos como aquelas 10 virgens que não foram pegas de surpresa (Mateus 25.1-13). Assim, participarmos com alegria das Bodas do Cordeiro. Amém!
Editorial de Rafael Ceron
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