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Indenpendência é morte!

Atualizado: 21 de ago. de 2018

Uma das características marcantes do homem natural é o seu orgulho em acreditar firmemente que ele está bem sem Deus. O simples pensamento de que ele precisa de um ser superior prejudica sua felicidade e, portanto, é evitado a todo custo. Dessa forma, uma grande revolução acontece nas nossas vidas quando nos tornamos cristãos, pois nesse momento estamos reconhecendo o quanto precisamos do nosso criador e que nossa vida sem ele não faz sentido. Porém, mesmo esse pensamento sendo parte central da nossa conversão, é comum acabarmos nos esquecendo e querermos seguir a vida cristã com nossas próprias pernas.


Em seu último discurso antes de sua morte, Jesus alertou aos seus discípulos sobre a dependência que deveriam ter dele: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15.5). Essa ideia é repetida de diversas formas, seja por meio da milagrosa expansão da Igreja descrita em Atos, seja pelos textos das epístolas apostólicas que seguem os evangelhos. Em tudo isso os apóstolos reconhecem e vivem a dependência de Deus.


No entanto, mesmo com todos esses alertas, muitas pessoas não viveram assim. Um exemplo que vemos no Novo Testamento é o da igreja de Laodicéia (Apocalipse 3). As pessoas da igreja são descritas como mornas, ou seja, como não tendo utilidade (como as águas frias ou quentes tinham). A explicação para isso, segundo o texto, é que se trata de uma igreja de pessoas autossuficientes. A igreja achava ser detentora de riquezas, mas para Deus ela era não somente pobre, como estava cega e nua, ou seja, estava humilhada e inconsciente do seu problema. A exortação de Cristo é para que elas reconhecessem seu erro e se arrependessem, voltando a depender dEle. Tudo aquilo de que elas precisavam (inclusive a percepção do que precisavam) estava em Cristo. Elas deveriam ir até Ele para buscar não só os recursos, mas também o discernimento para entender a verdadeira situação em que se encontravam.


Muitas vezes vivemos achando que já temos uma vida espiritual forte e que não precisamos de Deus e mal percebemos que também estamos “miseráveis, pobres, cegos e nus”. Nos contentamos com nossa suposta riqueza e deixamos de buscar diariamente as riquezas da graça de Cristo. Com isso, nossa santificação emperra e nos tornamos inúteis. Quantas vezes nos vemos lutando contra o nosso pecado usando nossas próprias forças? Quantas vezes achamos que podemos por nós mesmos nos santificar? Novamente, parece que nos esquecemos de como começamos nossa caminhada: reconhecendo nossa completa dependência de Deus.


Da mesma forma, precisamos ouvir o chamado de Deus para nos arrependermos. E essa é uma questão de vida ou morte. O texto é claro ao dizer que somente os que responderem ao chamado de Cristo gozarão da vida eterna com ele. Portanto, não queiramos ser independentes de Cristo e seguir a vida cristã na nossa própria força. Que possamos lembrar que o poder de Deus se aperfeiçoa na nossa fraqueza (2 Coríntios 12.9) e possamos, assim como o apóstolo Paulo declarar: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas (...) por amor de Cristo. Porque quando sou fraco, então, é que sou forte” (2 Coríntios 12.10).


Editorial de Tássio Côrtes Cavalcante



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