É Natal! Quantas vezes não olho para esse dia de uma forma automática, sempre com o mesmo pensamento de paz, alegria e saúde. Infelizmente, a vida no automático nos priva de olharmos mais a fundo e de nos lembrarmos do significado mais profundo de dias como esse.
Foi lendo o livro “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa” que pude parar e refletir um pouco mais sobre o Natal. Quando Lúcia, uma das personagens principais, vai ao mundo de Nárnia, ela se encontra com o Sr. Tumnus. Ele é um fauno, ao qual a feiticeira branca encarregou de roubar as crianças (os filhos de Adão e Eva) e levá-las para ela. Mas o Sr. Tumnus é um fauno bondoso e não quer cumprir as ordens da feiticeira branca. Ele conta para Lúcia que a feiticeira é má e que, por causa dela, sempre é inverno em Nárnia. “Sempre inverno e nunca Natal”, diz o Sr. Tumnus.
Nós já encaramos o nosso “sempre inverno e nunca Natal”. Deus criou o homem para desfrutar da companhia dEle e para viver no Jardim do Éden, porém o pecado levou o homem a uma vida de escravidão, longe do seu Criador. Assim como o inverno em Nárnia estava se mantendo, o pecado continuou escravizando o homem e o mantendo na escuridão.
Mas o Criador nos deu a esperança de que o “inverno” iria passar. Assim como a primavera começou a chegar na estória de Nárnia, a nossa liberdade do pecado estava sendo enviada por Deus.
“— Isso não é degelo — disse o anão, parando de repente. — É a própria primavera! E agora, que vamos fazer? O seu inverno está sendo destruído, majestade! Não há dúvida alguma! Só pode ser obra de Aslam!”
“O povo que andava em trevas, viu uma grande luz,
e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz…
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu,
e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome:
Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.”
(Isaías 9.2,6 – Ênfase do autor)
Eis uma boa notícia: veremos a luz, o redentor está a caminho, nossa vida será livre da escravidão do pecado, estamos sendo chamados a nos erguer do lamaçal do pecado, somos chamados a clamar e a erguer a nossa voz de uma forma alegre porque já não somos mais escravos do pecado, eis que um menino nos nasceu, o verdadeiro Rei veio ao mundo, veio livrar o Seu povo!
Que assim como na estória de Nárnia a simples notícia de que o inverno estava acabando trouxe alegria aos narnianos, as promessas de Deus moldem em nós um estilo de vida onde a nossa alegria vai se basear em saber que o nosso Deus vai cumprir as Suas promessas.
“O anjo, porém, lhes disse:
Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria,
que o será para todo o povo:
é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.”
(Lucas 2.10 e 11 – Ênfase do autor)
Jesus veio! E por causa do Natal, podemos ter a vida eterna. “... eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (João 10.10). Isso é o Natal! O anúncio de que, através do Filho de Deus, voltamos a ter vida. De que através dEle, o nosso "inverno" já passou. O Natal chegou! A alegria está de volta na vida daqueles que esperavam e ansiavam pelo seu Salvador.
Não deixe que todas as coisas que são faladas sobre essa época do ano se tornem substitutas da mensagem grandiosa que o Natal comunica: Jesus veio para salvar pecadores e dar a eles vida eterna ao Seu lado.
Editorial de Natalício Queiroz
コメント