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O orgulho da perdição X A fraqueza da salvação

Atualizado: 21 de ago. de 2018

Com certeza estamos vivendo em uma época onde o homem rejeita veementemente a palavra de Deus, e não é uma tarefa difícil chegarmos à conclusão de que uma das maiores características deste século é a aversão à palavra de Deus! É incrivelmente triste como a cada dia que passa o homem tem tomado decisões contrárias à Bíblia e feito questão de pensar de forma totalmente divergente. Distorcem o que Deus nos ensina a respeito de finanças, masculinidade, feminilidade, teologia, sexo, casamento e recentemente, temos presenciado inúmeras discussões sobre a tal ideologia de gênero. Isso sem falar, do novo conceito de “arte moderna”. Enfim, tudo parece estar de cabeça para baixo. O homem tem atestado que está cada vez mais perdido em seus próprios pensamentos e é incapaz, de até mesmo, se auto definir. Em meio a tudo isso, constantemente sou confrontado com o texto de Romanos 1.21-23.


E tendo o conhecimento de todas estas coisas, e de que o mundo está cada vez mais confuso e caído, somos tendenciosos a nos colocarmos em uma posição de superioridade, acabamos sendo levados pelo nosso orgulho e agimos como o fariseu da parábola de Lucas 18.9-14. Porém, em alguns aspectos, se pararmos para esquadrinhar nossos corações, iremos perceber que por diversas vezes, preferimos dar uma nova e falsa interpretação para a palavra de Deus. Buscamos explicações para nossos pensamentos pecaminosos e tentamos achar alguma passagem bíblica (mesmo que de forma isolada), para que de alguma forma possamos ao menos falar: “ufa, o que tenho pensado é bíblico, afinal de contas, está escrito aqui!”. E não enxergamos que este pensamento é o mesmo pensamento que tem levado o mundo para longe de Deus. Não estamos dispostos a viver e desfrutar do padrão de Deus, pois é um padrão muito alto, e por isso, criamos um falso evangelho que nos permite uma vida menos rigorosa e mais simples.


Porém, mesmo negando a Deus e não querendo viver a vida que Ele nos propôs, foi de seu agrado nos entregar a Sua palavra, para que através dela, Ele se manifestasse a nós com graça, e através da Bíblia, nos fazer enxergar o verdadeiro evangelho, que exorta, mas também traz restauração e esperança!


O orgulho nos escraviza a um falso evangelho

Particularmente, uma das passagens mais bonitas de toda a escritura é Romanos 7.12-25, onde Paulo, em uma declaração fortíssima, abre seu coração humildemente e reconhece sua fraqueza, que seu coração estava inclinado ao pecado. Seus membros estavam tomados pelo pecado e era preciso que alguém fosse até ele e o tirasse daquela condição. Sua fraqueza o tornava mais dependente de Deus e o fazia desfrutar do verdadeiro evangelho de Cristo, de modo que ele vivia uma vida na dependência de Deus, reconhecendo que somente pela graça era possível vencer sua própria carne. Desta maneira, não havia espaço para pensamentos que minassem a sua confiança em Deus, vivia reconhecendo que ele não era ninguém se comparado ao seu Criador.


Um pouco mais adiante, ele ainda diz: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos. 7.24).


E ao contrário de Paulo, muitas vezes, somos tentados a nos enchermos de autoconfiança simplesmente por conhecermos determinado assunto das escrituras e nos abstemos de uma vida dependente de Deus. Colocamos nossa confiança em nosso conhecimento e ofuscamos a beleza do evangelho que é Cristo Jesus e a sua obra. Trocamos a beleza da cruz pela depravação da soberba e do orgulho! Criamos um estilo de vida que difere das escrituras e que não vive de glória em glória, mas de queda em queda. Passamos a viver não mais pela graça, mas pelos nossos próprios esforços, criando um falso evangelho e nos afastando de Deus.


E o problema do falso evangelho é que além de ele nos privar de uma vida que agrada a Deus, ele nos levará para o céu errado, ou seja, o inferno.


A verdade é que temos tido dificuldades em desfrutar da doçura do evangelho, pois não temos achado o pecado tão ruim assim. Certa vez li a seguinte frase que me impactou muito: “enquanto o pecado não for amargo, Cristo não será doce” (Dave Harvey – Quando os pecadores dizem sim).


Precisamos aprender com Paulo a sermos humildes e o quão amargo é o pecado, para que possamos viver cada dia mais o verdadeiro evangelho.


O verdadeiro evangelho evidencia nossa fraqueza e maximiza a dependência de Cristo

O verdadeiro evangelho evidencia nossa fraqueza, e maximiza nossa dependência de Cristo. Ele veio para os pecadores e não para os justos (Marcos 2.17). Viver o verdadeiro evangelho nos traz alguns benefícios citados em Tito 2. Nos liberta da escravidão do pecado, da insensatez e nos dá o prazer de poder desfrutar de uma vida de sabedoria, justiça e devoção (Tito 2.12). E mais do que simples benefícios de vivermos uma vida que agrada a Deus, estas são marcas de que fomos salvos! Desfrutamos destes benefícios porque fomos alcançados pela graça de Deus, e se estes benefícios não tem sido uma realidade em nossas vidas, isso é um sinal amarelo, quase vermelho, para pararmos e repensarmos a nossa salvação. Cristo morreu para nos libertar, purificar e fazer de nós um povo, inteiramente dedicado às boas obras (Tito 2.14). E desfrutar de uma vida plena é também, cumprir com o objetivo da cruz.


E através dessa vida plena, estamos sendo moldados à imagem de Cristo e Ele é magnificado neste processo.


E enquanto desfrutamos destes maravilhosos benefícios de vivermos o verdadeiro evangelho, seguimos aguardando esperançosamente o dia que será revelada a glória do nosso grande Deus e salvador, Jesus Cristo (Tito 2.13). E este será enfim, o último e maior benefício que alguém poderia ter! Amém.


Editorial de Rafael Ceron de Souza



 
 
 

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