Embora decisões sejam parte integrante do dia-a-dia, nem todas as decisões são tão triviais como as rotinas do dia-a-dia. Algumas decisões parecem mais difíceis que outras, pois parecem definir rumos e histórias. Então, travamos! Ficamos sem rumo! O coração se enche de medo! A ansiedade toma conta. Mas afinal, por que é tão difícil tomar algumas decisões? Considere três possíveis razões:
1. Porque eu quero algo que é errado
Algumas decisões são difíceis porque violam a consciência. Sabemos que o que queremos é errado, mas nossos desejos gritam o contrário. Então, começa uma batalha entre o dever (o certo) e o querer (o errado). A angústia da batalha gera a ansiedade de perder uma oportunidade tão desejada. O medo de errar contra-ataca com uma coragem heroica para manter o que sabemos ser o certo. A tensão cria um sofrimento angustiante numa guerra de consciência que parece não ter fim. O que fazer?
A verdade liberta a consciência em crise. A Palavra de Deus purifica o coração e a consciência (Hebreus 10.22) e treina a mente para discernir o que é certo e o que é errado (Hebreus 5.14). Uma mente constantemente renovada pela Palavra de Deus irá sustentar o coração atribulado com o poder do Evangelho. Assim, a escolha do caminho certo, apesar das investidas de um desejo ruim, será o resultado de um relacionamento vivo com o Senhor Jesus Cristo. Faça morrer o que não agrada ao Senhor!
2. Porque eu quero uma garantia que não vou ter
A dificuldade de decidir também pode vir da falta de garantias. Queremos ter certeza do que nos aguarda no caminho decidido. A possibilidade do sofrimento nos angustia. Então, queremos a garantia de que o caminho será suave e sem surpresas desconfortáveis. Mas essa garantia não existe.
A verdade nos protege de uma futura crise. Em meio a tantas incertezas, não podemos perder o foco do que temos certeza. O futuro é incerto, mas quem estará lá é garantido. Jesus Cristo é sempre presente. Ele é quem nos chama à coragem enquanto transforma nossa realidade. “Coragem!” e “Tende bom ânimo!” são suas palavras para aqueles que temem diante do desconhecido (João 16.33; Atos 23.11).
3. Porque eu temo o que as pessoas pensam
A dificuldade de decidir é aumentada pelos olhares ao nosso redor. Parece que cada passo é milimetricamente acompanhado por pares de olhos que nos julgam e avaliam quanto às decisões a serem tomadas. A possibilidade de a decisão tomada não ser aprovada por pessoas que amamos, ou melhor, tememos, é paralisante. E se elas não gostarem? Vamos reconhecer: não iremos agradar a todo mundo. Mas também não vamos esquecer: não somos chamados para isso.
Iremos temer a quem amamos. Ou ainda, iremos temer decepcionar a quem mais estimamos. Isso é esperado. O problema é quando tememos mais a opinião de pessoas que o próprio Deus. O temor a homens é escravizador, enquanto que o temor do Senhor é libertador. Se o foco é agradar a Deus acima de toda as coisas (2 Coríntios 5.9, 15), seremos verdadeiramente livres para decidir orientados pela Palavra de Deus e sábios conselhos submetidos ao mesmo parâmetro.
Tema a Deus
“Ao homem que teme ao SENHOR, ele o instruirá no caminho que deve escolher.”
Salmo 25
“Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.”
Provérbios 3.5, 6
Editorial do Pr.Alexandre "Sacha" Mendes
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