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Pornografia: uma ameaça silenciosa

Atualizado: 21 de ago. de 2018

“Abriram-se, então, os olhos de ambos; percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si” (Genesis 3.7). Esta foi a primeira consequência da desobediência de Adão e Eva por decidirem dar credibilidade à mentira de Satanás e por colocarem suas vontades acima da vontade de Deus.


Um sentimento intenso de culpa seguiu-se imediatamente ao ato do pecado e ambos se envergonharam por perceberem que se encontravam nus. Naquele momento, algo que existe na própria natureza do pecado distorceria, definitivamente, a nossa sexualidade e a imoralidade sexual passaria a fazer parte da raça humana.


Podemos conceber, então, que a imoralidade sexual não é uma questão nova. A história geral mostra isso com riquezas de detalhes. Mais perto de nós, no entanto, por volta das décadas de 40 e 50, conteúdos pornográficos impressos em livros e revistas já estavam disponíveis e, mesmo que de forma velada, recheavam as prateleiras de bancas e livrarias.

Nesse tempo, porém, o acesso a esse material era difícil e restrito, sem contar o fato do embaraço que a pessoa teria de se submeter para adquiri-lo. Mas, a internet dramaticamente mudou isso. A barreira do constrangimento passou a não existir mais e os olhares e julgamentos das pessoas, simplesmente, saíram de cena.


O pecado sexual havia encontrado na segurança do anonimato um lugar escuro e ideal para a proliferação da pornografia. E essa se tornou uma realidade assustadora, porque o desejo tóxico por esse prazer virtual tem levado as pessoas a um grau de dependência tão ou mais grave do que o do “crack” ou da cocaína e lares estão sendo envenenados, maridos, esposas, filhas e filhos sendo escravizados, pessoas sendo vampirizadas e estimuladas à prática de vários crimes sexuais, como a pedofilia, adultérios, violências contra a mulher, entre outros. Até mesmo igrejas, de qualquer denominação, estão sendo moralmente ameaçadas não só pelo envolvimento de fiéis, mas, pasmem, dos próprios líderes espirituais.


Não seria absurdo e sei que não vou errar ao dizer que, nesse momento, pessoas estão lutando com a pornografia e é possível que muitas, antes de lerem esse texto, já tenham acessado pornografia ou, mesmo após a leitura, irão olhar pornografia. E se você que está lendo este texto agora é uma dessas pessoas, posso lhe dizer de forma racional e com todo rigor semântico: “VOCÊ ESTÁ SE MATANDO!”.


Talvez você já saiba disso e esteja tentando “com suas próprias forças” se livrar dessa areia movediça imunda e é possível que até consiga agarrar alguns galhos que o ajudarão a subir um pouco, mas isso será apenas por um tempo, porque eles se quebrarão e, ao cair novamente, você afundará ainda mais.


Mas, de forma amorosa, digo-lhe também que HÁ ESPERANÇA, porque “onde abundou o pecado, superabundou a Graça” (Romanos 5.20). Sua liberdade está em Cristo, porque foi Ele quem cobriu todos os nossos pecados com seu sangue e se você compreender isso vai conseguir reconhecer, confessar e se arrepender do seu pecado. E Jesus vai perdoá-lo e vai remover a penalidade do seu pecado, porque a Graça perdoadora do Senhor Jesus é muito maior do que a pornografia de hoje (1 João 1.9). Seus olhos serão abertos e você enxergará e se agarrará na Cruz de Cristo e, pela ação do Espírito Santo, o milagre do domínio próprio (Gálatas 5.22) será produzido em sua vida. Então, esse lamaçal imundo não mais conseguirá lhe prender.


Isso, contudo, não será fácil, nem sem dor, porque, à medida que você for subindo pela Cruz de Cristo, seu pecado também vai sendo conhecido e você experimentará vergonha, constrangimentos, exposição pública, rejeição, críticas e, certamente, serão necessárias reparações, muitas delas, aflitivas. Porém, se você se irritar e sentir indignação ou tentar mostrar inocência para fugir disso, a Cruz de Cristo não lhe significará nada mais do que apenas um “pau de sebo” e não tardará para que seus pés comecem a sentir a nojeira da areia movediça envolvê-los novamente. Mas, se você se sentir triste porque esse pecado quebrou o relacionamento sagrado com o único Deus santo e misericordioso, mesmo sabendo o peso das consequências, o anseio de restauração fará você suportar e fazer o que for necessário para conseguir isso (2 Coríntios 7.9,10), custe o que custar (Mateus 5.29,30).


É certo que muitas outras coisas ainda serão necessárias para que você continue a perseverar e se apropriar dessa firme confiança, porque Jesus não quer que sejamos apenas perdoados, mas que sejamos também semelhantes a Ele, de modo que possamos andar em novidade de vida pela Sua Ressurreição (Romanos 6.4). O pecado para funcionar precisa florescer nas trevas, em segredo. Por isso, é fundamental que você procure ajuda. Um caminho seguro seria iniciar, imediatamente, um Aconselhamento Bíblico, porquanto, somente ele usa a suficiência das Escrituras que não só lhe dará uma perspectiva mais clara dessa batalha, mas lhe permitirá também um conhecimento mais profundo do Salvador.


Acredite que da mesma forma em que o caminho que desce para as câmaras da morte pode estar a apenas um “click” (Provérbios 7.27), assim também será possível você acessar, instantaneamente, em sua mente a imagem de Cristo agonizando na cruz, morrendo para te libertar de todos os seus pecados (Isaías 53.5). Lembre-se que Deus já lhe concedeu o necessário para sua transformação (2 Pedro 1.3-7), mas apenas conhecer isso não será suficiente, é preciso pôr em prática (Mateus 7.24-27).


Amém! Aleluia!


Editorial de Walter Feliciano



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