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Qual o valor da oração?

Pelo que você estaria disposto a morrer? Sua família? Seus amigos? Seu país? A Bíblia fala que: “dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer” (Romanos 5.7). Ou seja, vemos aqui que morrer por alguém não é exatamente algo vislumbrado pelas pessoas, nem mesmo quando são justas e boas.

Entretanto, por todas as Escrituras, deparamo-nos com diversos homens dispostos a darem a vida por sua fé, por seu Deus, por seu Salvador. No Novo Testamento, o relato mais conhecido nesse sentido é o de Estevão (Atos 7.54-8.8). Isso sem contar o do próprio Jesus. Já no Velho Testamento um dos exemplos clássicos é o de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (Daniel 3) que decidiram não se curvar frente à estátua de Nabucodonosor, passando a clara mensagem de que não estavam dispostos a abrir mão de sua fé nem mesmo a troco de suas vidas.


No mesmo livro, vemos Daniel predisposto a manter a sua prática de orações mesmo com o perigo de ser lançado na cova dos leões (Daniel 6). Diferentemente dos três rapazes que se opuseram à ordem de adorar a estátua do rei, isto é, negaram-se a pecar pela ação, Daniel se negou a pecar pela omissão. Comunicar-se com o Criador do universo era tão importante para ele, que não se deixaria levar nem mesmo por ameaças à sua vida. Isso fica claro no versículo 10:


“Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e,

em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém,

três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus,

como costumava fazer.”

(Daniel 6.10)


Planeje-se

O versículo termina com a frase: “como costumava fazer”, deixando claro que isso não foi algo que Daniel fez simplesmente para desafiar a ordem do rei. Antes, era algo que ele realizava constantemente, sendo isto repetido ainda no versículo 13 pelos seus próprios acusadores.


Isso era uma rotina para ele, algo a que por muito tempo se dedicou, separando um tempo em meio às suas atividades diárias para se dirigir a Deus. Daniel era intencional, tinha local e horários definidos para que se condicionasse a estar em comunhão contínua com o Pai. Não era algo aleatório, não orava “quando dava”, mas considerava essa disciplina espiritual algo de extremo valor, a ponto de morrer por ela.


Tenha certeza de que é ouvido

A prática de Daniel muito provavelmente era compartilhada por muitos outros hebreus que levavam uma vida séria de devoção a Deus, incluindo aqui o próprio rei Davi que, no livro de Salmos escreve:


“Eu, porém, invocarei a Deus, e o SENHOR me salvará.

À tarde, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei;

e ele ouvirá a minha voz.”

(Salmo 55.16,17)


No salmo, Davi relata que orava três vezes por dia, assim como Daniel, na certeza de que Deus ouviria sua voz. Essa é a garantia que temos ao nos dirigirmos a Ele. Ainda que, em sua infinita sabedoria, Ele não conceda exatamente tudo o que pedimos, Ele ouve nossa voz.


Seja conhecido pela oração

“Chegando-se ele à cova, chamou por Daniel com voz triste; disse o rei a Daniel:


Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus,

a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?”

(Daniel 6.20)


A prática da oração certamente era uma das coisas que levaram o rei Dario a dizer que Daniel “continuamente” servia a Deus. Isso fazia parte de sua vida, não tinha como esconder. Tanto que os dignatários do reino que queriam derrubar Daniel utilizaram-se justamente de sua devoção à oração para derrubá-lo (Daniel 6.5).


Você tem considerado a oração algo fundamental em sua vida? Você tem tido a disposição de abrir mão de coisas que o afastam de uma vida de oração? Qual é o valor da oração para você? Daniel estava disposto a perder sua própria vida para continuar em comunhão com Deus por meio da oração. E você? Lembre-se das palavras de Jesus e não despreze a oração como forma de obediência e, consequentemente, de demonstração de amor ao Pai:


“Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á;

mas quem perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, salvá-la-á.”

(Marcos 8.35)


Editorial de André Negrão



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