Você já confundiu uma pessoa com outra? Isso já aconteceu comigo algumas vezes e é desagradável e embaraçoso. Você inicia uma conversa com alguém e na sua mente tem uma pessoa, até que você pergunta algo do tipo: “Você se lembra daquele dia em que nos encontramos na praia e jogamos futebol? Foi tão divertido!” e a pessoa fica com uma cara de: Acho que você está me confundindo com outra pessoa. Sua vontade é sair correndo!
Creio que isso já aconteceu com todo mundo de uma forma ou de outra, porém, quando falamos de Jesus, os riscos ao confundi-Lo com outras pessoas são muito mais elevados. Confundir quem Jesus é com outro jesus de nossa mente é mais do que embaraçoso, é trágico! Se Jesus foi apenas mais um homem que existiu, conhecê-Lo não faz nenhuma diferença. Mas, sendo Jesus o Filho de Deus e o único Salvador do mundo, conhecê-Lo faz toda a diferença.
O que você pensa?
Quem você pensa que Jesus é? Talvez você nunca tenha pensado muito nesta pergunta e isso, e isso é totalmente compreensível, afinal estamos falando de um carpinteiro judeu do século I que nunca exerceu cargo político ou nunca governou qualquer nação. Em vez disso, por três anos e meio, este homem Jesus apenas ensinou o povo sobre questões espirituais, leu e explicou as Escrituras judaicas para o povo judeu e fez coisas extraordinárias no meio do povo.
Apesar de toda a discordância, todos parecem concordar numa coisa: Jesus foi uma pessoa extraordinária. Ele fez e disse coisas que pessoas comuns não dizem, nem fazem. Jesus disse coisas como: “Eu e o Pai [referindo-se a Deus] somos um” (João 10.30) e “Quem me vê a mim, vê o Pai” (João 14.9). E talvez a mais chocante de todas: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14.6). Pessoas comuns não dizem coisas desse tipo: Eu e Deus somos um! Ninguém vem a Deus senão por mim! Essas afirmações não são ensinos éticos que você pode resolver incorporar à sua vida. São asseverações. São afirmações exclusivamente inerentes a pessoa de Jesus Cristo.
Um Homem extraordinário e muito mais
As pessoas ficaram maravilhadas com os ensinos de Jesus e impressionadas com os milagres. Centenas de pessoas viram Jesus fazendo coisas que nem um ser humano seria capaz de fazer. Ele curou pessoas de doenças; fez água se transformar instantaneamente em vinho de ótima qualidade; mandou os paralíticos andarem, e eles andaram; trouxe sanidade a pessoas que estavam desesperadamente aflitas. Até fez pessoas que estavam mortas retornarem à vida.
Você percebe que, em cada um dos milagres e em cada um dos sermões de Jesus, Ele estava fazendo e respaldando afirmações, a respeito de si mesmo, que nenhum ser humano jamais fizera. Como por exemplo, quando Ele disse para Marta em frente ao sepulcro de seu irmão, que estava morto: “Teu irmão há de ressurgir” (João 11.23). Mas ela não entendeu o que Jesus quis dizer. Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida” (João 11.25). Atente para isso! Ele não estava dizendo apenas “Eu posso dar vida”, e sim: “Eu sou a vida!”
O triunfo do último Adão
Logo no início da Bíblia, em Gênesis capítulo 3, vemos que Adão falhou miseravelmente como representante da raça humana e pecou ao comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Você percebe a importância disso? Quando Adão pecou, não o fez apenas como um indivíduo – nem sofreu as consequências de seu pecado apenas como um indivíduo. Ele o fez como representante de todos aqueles que viriam depois dele. Foi por essa razão que Paulo disse que, “por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação” e que, “pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores” (Romanos 5.18, 19). Adão representava todos nós, agiu por todos nós, rebelou-se por todos nós.
Mas eis a boa notícia: Jesus veio! Jesus, o último Adão, que seria o representante da humanidade e faria o que o primeiro Adão não fez. Jesus estava ali não somente como o líder de Israel – o rei da linhagem de Davi – mas também como aquele que venceria onde o primeiro Adão havia falhado. Uma vez que o rei Jesus teria de salvar o seu povo dos pecados deles, não bastava apenas derrotar seu grande inimigo. Afinal de contas, Satanás apenas os havia tentado ao pecado; eles mesmos fizeram a escolha de se rebelar contra Deus. Isso significava que a sentença de morte era merecida e ainda estava em vigência. A fim de salvar seu povo, Jesus teria de exaurir essa maldição. Teria de deixar que a sentença de morte da parte de Deus – Sua ira justa contra pecadores – caísse sobre Si mesmo, em lugar de Seu povo. Teria de ser o substituto deles não somente na vida, vivendo uma vida perfeita aqui na terra, mas também na morte. Se o seu povo deveria viver, Jesus também morreria.
Senhor Ressuscitado, Reinando do Céu
Mas a história de Jesus não acaba na Sua morte. Se este fosse o caso, provavelmente não estaríamos falando dEle hoje. O fato é que os cristãos creem que Jesus verdadeiramente ressuscitou dentre os mortos e este é o fundamento sobre o qual toda a doutrina cristã repousa. Portanto, Jesus realmente ressuscitou dos mortos e todo ser humano é confrontado com uma exigência de que creia no que Ele disse, reconheça-O como Rei e se submeta a Ele como Salvador e Senhor. E, é claro, meu amigo, isso inclui você.
Alguns dias após a ressurreição, Jesus recebeu autoridade máxima para reinar, julgar e salvar. Essa são boas novas para você, pois se você reconhece a si mesmo como um pecador, que merece a ira de Deus por sua rebelião contra Ele, então o fato de que Jesus está agora sentado no trono do universo significa que o grande Rei que, por fim, julgará você e o sentenciará é, também, aquele que o ama e o convida a receber salvação, misericórdia e graça de Suas mãos.
Portanto, responder a pergunta “Quem é Jesus?” é a coisa mais importante que podemos fazer em nossas vidas. Responder esta pergunta de acordo com a Bíblia nos levará ao reconhecimento de que estamos diante do maior homem que já existiu e também do próprio Deus em pessoa, que veio nos salvar de nossos pecados ao se entregar e receber a ira no nosso lugar em uma cruz. Louvado seja Jesus que salva pecadores arrependidos e dispostos a segui-Lo! Porém, se respondermos esta pergunta de maneira errada e confundirmos a pessoa de Jesus com alguma outra pessoa qualquer, isso pode custar a nossa vida eterna.
Nota: Editorial baseado no livro “Quem é Jesus Cristo”, de Greg Gilbert, Editora Fiel.
Editorial de Leonardo Cordeiro
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