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Rotina — Criados para quê?

Por que fazemos o que fazemos? Essa é uma pergunta simples de entender, mas difícil de responder. Difícil porque às vezes não sabemos o motivo de fazermos o que fazemos. Difícil também porque, por vezes, não queremos admitir nossa motivação por trás das nossas ações.

 

Será que estamos vivendo em busca das coisas certas? Ou será que estamos vivendo para nós mesmos?

 

Deus nos criou para um propósito específico

 

É essencial que nós, como criaturas de Deus, entendamos o propósito para o qual Ele nos criou. Sim, Deus nos criou com um propósito específico, e nós, como criaturas, não temos autonomia e direito de escolher um propósito diferente para viver. Esse propósito nos foi dado antes da Queda, e de forma simples, podemos dizer que o nosso propósito é sermos imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1.26–28; desenvolvido em Gênesis 12.1–3; Êxodo 19.1–8; Romanos 8.28 e 29; Hebreus 1.1–4; 1 Pedro 2.9 e 10). Mas o que isso significa?


Na época em que Gênesis foi escrito, essa expressão (imagem e semelhança) era utilizada no contexto de conquistas. Quando um determinado rei conquistava um território, ele não podia ficar para sempre nesse território e abandonar a sua cidade de origem. Para impedir que outros reis tomassem esse território que foi conquistado, ele precisava de algo que mostrasse que ele era o novo rei desse território. Para isso, ele construía uma estátua de si mesmo, e a colocava nesse território. Essas estátuas eram chamadas “imagem e semelhança” e tinham o objetivo de mostrar quem era o rei daquele local. Ou seja, quando Deus nos criou à Sua imagem e semelhança, Ele tinha em mente que seríamos os representantes visíveis do Deus invisível, para que através de nós a glória dEle fosse vista, e para que a Sua glória se expandisse por toda a terra.

 

Ou seja, o nosso propósito, como criaturas de Deus, é sermos representantes visíveis do Deus invisível.

 

Nosso propósito é o que nos move

 

Mas... e daí? E daí que aquilo que entendemos como propósito de vida é o que direciona o uso do nosso tempo.

 

Se o nosso propósito é uma carreira de sucesso, nossos esforços serão direcionados para isso. Mais estudo, mais trabalho, mais tempo dedicado para conseguir uma promoção, frustração quando o reconhecimento não vem, e assim por diante. Se o nosso propósito é uma família exemplar, nossos esforços serão direcionados para isso. E talvez a impossibilidade de ter filhos, ou ter filhos desobedientes, ou dificuldades com o cônjuge, sejam motivos para ansiedade e desespero.

 

A lista poderia continuar. E essa lista poderia ser longa, com uma série de propósitos que não são, em si mesmos, ruins. Mas que não são O propósito para o qual Deus nos criou. Ele nos criou para sermos Seus representantes visíveis, e essa realidade deve impactar todas as áreas da nossa vida.

 

Não é mais “apenas” uma carreira de sucesso, mas passa a ser trabalhar de uma forma que Deus seja glorificado. Não é mais “apenas” uma família exemplar, mas ser uma mãe que vive como Cristo, que demonstra o amor de Cristo em seu cuidado, e que confia na soberania de Deus apesar de circunstâncias adversas. O foco deixa de ser nós mesmos, e passa a ser Deus. E isso é libertador! Isso nos livra de circunstâncias que não podemos controlar, e redireciona nossos esforços para aquilo que Deus de fato nos chama a fazer.

 

Nosso propósito direciona o uso do nosso tempo

 

No fim, tudo é sobre o nosso relacionamento com Deus. E quando entendermos isso, diremos sim para compromissos e atividades que antes dizíamos não, e vice-versa. Quando entendermos que tudo é sobre Deus, começaremos a nos perguntar não só “por que eu faço o que eu faço?”, mas também “como isso que eu estou fazendo me leva para mais perto de Jesus, e leva as pessoas ao meu redor para mais perto de Jesus?”.

 

Nossa vida não é sobre nós. Deus nos criou para um propósito: sermos Seus representantes e vivermos como Ele.

 

Como nossa rotina tem contribuído para isso? A forma como administramos nosso tempo demonstra que entendemos o propósito para o qual Deus nos criou?

 

Editorial de Gustavo Santos


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