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Buscando no futuro a esperança para o presente

Atualizado: 19 de set. de 2018

Nós nos preparamos para entrevistas. Nós nos preparamos para apresentações. Nós nos preparamos para conversas. Nós nos preparamos para encontros. Nós nos preparamos para tudo, menos para a volta de Cristo. É impressionante como nos deixamos levar pelas preocupações do mundo e nos esquecemos do mais importante. O ponto é que, quando nós olhamos para o futuro, olhamos para o “nosso” futuro. Deus quer que olhemos para o futuro dEle, para a volta do Seu Filho. A forma como olhamos para o futuro afeta o nosso presente, e estar preparado para o futuro aumenta nosso desejo de que Ele chegue. Para qual futuro estamos olhando: para o nosso ou para o de Cristo?


Por toda a Bíblia, Deus nos fala sobre o futuro que Ele promete para os que O amam, não somente para que tenhamos uma informação privilegiada, mas para que nos preparemos para o que está vindo. Deus quer nos preparar para a volta de Cristo, e Ele quer que ansiemos pela volta do Seu Filho. As promessas futuras de Deus são tão garantidas como as que vemos no presente. Portanto, Deus nunca revelou o futuro simplesmente para satisfazer a curiosidade do homem. O propósito das profecias que vemos na Bíblia é amadurecer a nossa fé. Deus revela o futuro para afetar o nosso presente.


Podemos pensar em pelo menos cinco consequências que o entendimento correto das profecias (principalmente a da volta de Cristo) irão produzir na vida do cristão:


1. As profecias indicam que Deus está no controle.

O controle absoluto de Deus sobre o tempo e sobre as circunstâncias evidencia Sua soberania sobre todas as coisas. É impressionante ver como os fatos acontecem exatamente como foram descritos por Deus em Sua Palavra. Em Eclesiastes 3.14-15, Salomão deixa claro que o que ainda irá acontecer é tão certo quanto o que já aconteceu porque Deus está no controle, e o Seu propósito irá prevalecer.


2. As profecias inspiram confiança.

A consequência natural de reconhecer que Deus está no controle de tudo é sentir confiança e segurança. Olhar com fé para o futuro que Deus revelou deve nos inspirar confiança para o serviço presente, garantindo que o “agora” se encaixa perfeitamente com o caminho para chegarmos ao “então”, a volta de Cristo. De forma similar ao primeiro ponto, ver tantas profecias já cumpridas de forma perfeita deveria aumentar nossa confiança nas promessas que ainda serão cumpridas.


3. As profecias aumentam nossa esperança e expectativa.

A profecia é algo que Deus usa para manter nossa esperança viva e aumentar nossa dependência e confiança nEle. É uma forma de nos incitar a desejá-lO e àquilo que Ele prometeu mais do que todas as coisas. A intensidade da nossa espera pela volta de Cristo é um sinal sóbrio e claro do quanto O desejamos. Muitas vezes, cristãos cantam músicas e fazem orações que falam sobre a volta de Cristo, enquanto priorizam sua própria agenda em vez da de Cristo. Com frequência as preocupações desta vida suplantam o que professamos com nossa boca. Se dizemos que amamos mais a Cristo do que todas as coisas e que ansiamos pela Sua volta, isso será claramente visto na forma como investimos nossos recursos — tempo e dinheiro principalmente.


4. As profecias encorajam a viver uma vida de santidade.

A volta de Cristo não é um evento sem consequências, mas que exige preparo. Os profetas do Antigo Testamento ensinavam que as profecias eram motivo para arrependimento e purificação do povo. Se acreditamos que Cristo está voltando e que prestaremos contas de todas as nossas atitudes a Ele, iremos viver de uma forma que O agrade. As Escrituras são claras ao mostrar que qualquer uso da profecia que não afete nosso presente é inadequado, e que uma aplicação correta das profecias produz um serviço ativo, confiante, e corajoso até que Deus cumpra completamente Suas promessas. Entender a iminência da volta de Cristo irá nos mover à fidelidade e à santidade, em qualquer ambiente e em qualquer fase da nossa vida. Deus nos chama a uma fidelidade ativa (obediência), e não a uma “estagnação espiritual”. Na parábola dos talentos nós vemos como a convicção de que o senhor voltaria e a certeza da prestação de contas ao senhor influenciou a maneira de agir dos servos (Mateus 25.14-30).


5. As profecias alegram e satisfazem o coração do cristão.

Nada pode trazer mais alegria ao coração de um cristão do que a presença de Cristo. Ansiar pela Sua volta não deve ser algo estranho, mas deve ser uma característica comum naqueles que creem. Pensar em ver o nosso Salvador, e viver em um mundo sem choro, dor, lágrimas e pecado, é algo que acalma, alegra e satisfaz o nosso coração. Pensar que toda injustiça será castigada e que finalmente viveremos em um mundo justo, santo e pacífico nos acalma e alegra.


Algumas perguntas para reflexão:

  1. Como a minha falta de expectativa pela volta de Cristo tem atrapalhado minha vida cristã?

  • Quando não ansiamos pela volta de Cristo, temos a tendência de ficar ansiosos, preocupados, desanimados e temos uma percepção menor da nossa responsabilidade pelas nossas atitudes por não lembrar que prestaremos contas delas diante de Deus.


  • Tenho mais medo do fracasso ou da infidelidade a Deus?

  • Não esperar pela volta de Cristo mostra uma preocupação maior com os padrões do mundo do que com os padrões da Palavra.


  1. De que forma a minha preocupação e ansiedade com as coisas do “agora” mostram falta de confiança e descanso nas promessas de Deus para o “então?”

  • Ter bons filhos, um bom trabalho, bons relacionamentos, uma boa situação financeira, etc., são coisas positivas, mas que tomam o lugar de Deus com muita facilidade.

“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.”

(Tito 2.11-14)


Cristo está voltando! Como isso tem influenciado o nosso dia a dia?


Editorial de Gustavo Henrique Santos



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