Filmes, séries e animações, têm feito parte do nosso dia a dia, através de canais de streaming como a Netflix, Prime Vídeo, Max, Disney, Star Plus e muitos outros. É através da cultura abordada nesse meio de entretenimento que podemos ver como seres limitados são capazes de terem ideias ilimitadas e supercriativas. Também é através deles que podemos ver os anseios da humanidade sendo expostos, uma busca pelo sentido da vida que sabemos ser apenas saciada em Jesus Cristo que nos dá vida em abundância (João 10.10).
Com tudo isso podem surgir algumas perguntas como: o que assistir e o que não assistir? A classificação indicativa deve ser seguida? Quais critérios devemos ter para assistir ou não um filme?
Para começar a responder as perguntas que surgem, creio que primeiramente temos que ter sabedoria e moderação ao desfrutar dos conteúdos que são gerados pelas mídias. Conteúdos não cristãos estão envolvidos em vários filmes e séries, alguns até mesmo de forma bem explícita, porém, na maior parte estes conteúdos estão disfarçados ou até mesmo bem escondidos pelo sonho ou objetivo do protagonista.
A sabedoria e a moderação nos ensinam a como não sermos moldados “pelo padrão deste mundo” (Romanos 12.2 – NVI). Nossa mente deve ser determinada e modelada pelo conhecimento do Evangelho e pelo poder do Espírito Santo, não pelas influências passageiras deste século.
Temos que aprender a discernir o que esses conteúdos têm causado dentro de nós, e não simplesmente pensar em como “não tem nos feito mal”, mas se de fato tem nos feito bem. É muito comum nivelarmos por baixo, deixando de assistir apenas as coisas que são explicitamente erradas. O que essa série ou filme tem nos oferecido como conteúdo, e o que temos levado de ensinamento para a nossa vida?
Não quero que você pense que agora só temos que ver filmes que abordem a temática gospel. Em boa parte do conteúdo “do mundo” podemos ver ecos da grande narrativa bíblica, princípios e valores cristãos, etc. Além disso, podemos fazer conexões e correlações com a cultura para anunciarmos a redenção por meio do Senhor Jesus Cristo.
Ter boas perguntas em mente quando estivermos assistindo algo é uma boa forma de desenvolvermos essas conexões e correlações. Seguem alguns exemplos de perguntas que podemos fazer:
Quais promessas essa narrativa faz?
Quais são os ídolos expostos?
Quais são os anseios que permeiam a narrativa?
O que a Bíblia traz de resposta sobre tudo isso?
Não podemos deixar a cultura exposta nos filmes e séries mudar e moldar o nosso padrão, mas devemos sentar e trocar uma boa ideia sobre o que ela está abordando, o que a Bíblia nos ensina sobre isso, e como podemos lidar com essas coisas sendo imitadores e servos de Cristo.
Além de tudo o que foi comentado sobre o conteúdo em si do que você está assistindo, pense em o que você tem deixado de lado para poder desfrutar e usufruir dos filmes e séries que você assiste. A forma como utilizamos o nosso tempo revela nossas prioridades. Talvez, o conteúdo de um filme até seja bom, mas se você está priorizando assistir ao filme ao invés de ter tempo com o Senhor, algo está errado.
Quanto a seguirmos ou não a classificação indicativa de idade, precisamos entender que as classificações consideram os padrões do mundo. Ou seja, não se prenda a meros números que são mostrados em um quadradinho, e pense mais na descrição das classificações. Eu estava buscando algumas informações sobre como são feitas as classificações, e umas das coisas que aparecem na classificação de 12 anos, por exemplo, é o assédio sexual. Nesse sentido, fica um alerta aos pais para sempre estarem atentos ao que seus filhos têm assistido, e se possível estarem ao lado das crianças caso seja abordado algo que elas não tenham conhecimento do que acreditamos a respeito do assunto.
Uma boa forma de aplicar o que comentamos neste editorial é a ideia de assistir filmes de forma ativa, e não passiva. Não se sente, simplesmente, e deixe tudo rolar como se não o afetasse. Faça perguntas, avalie o que está sendo visto e ouvido, e pense bem em como o conteúdo impacta o seu coração.
Embora isso tudo pareça “acabar com a diversão”, é na verdade uma forma de nos divertirmos ainda mais, porque estaremos seguindo os padrões de Deus, os quais sempre serão o melhor para nós.
Uma das coisas que me ajudou a lidar com todas essas questões que são expostas pelos filmes e séries, foi realmente saber desenvolver um olhar sempre direcionado ao que a Bíblia diz sobre aquilo que estou vendo. Colocar em prática as perguntas referenciadas acima é um bom exercício para podermos desfrutar de boas obras cinematográficas e ainda aprendermos mais sobre o nosso Deus.
Editorial de Natalício Queiroz
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