O termo DNA é relativamente novo no nosso vocabulário. Explicar o seu significado pode ser mais complicado do que explicar a sua funcionalidade. Não sei se você sabia (porque eu não fazia ideia) que DNA é uma sigla em inglês para Deoxyribonucleic Acid — em português, ácido desoxirribonucleico. Mas o interessante é que quando saímos da definição e partimos para a sua aplicação, nossos conhecimentos passam de “chutes” despretensiosos a ricas explicações cheias de autoridade, com exemplos e aplicações capazes de gabaritar qualquer teste de conhecimento.
Ou seja, mesmo sem conseguir sequer pronunciar o significado de DNA, todos nós temos a correta concepção da sua função. Relacionamos DNA com testes, laboratórios, pesquisas científicas nos mais diferentes ramos da biologia, química, arqueologia, sem contar no ramo do direito para comprovação de paternidade, ou ainda para acusação ou defesa de criminosos em processos nos fóruns por toda parte e assim por diante. Com missões na igreja não é diferente.
O termo “missões” nos remete a textos bíblicos que exigem cuidado em seu estudo, nos levam a um exercício de contextualização, e à “lapidação” de um conceito muito amplo, mas que tem uma essência diferenciada e única. Já a aplicação tem um caminho bem mais simples de se chegar a uma explicação e a uma exemplificação. Como não associar missões com falar de Jesus aos perdidos na escola, trabalho, vizinhança, ou através da igreja em viagens, conferências e ações comunitárias, ou ainda pelos trabalhos dos missionários pelo mundo a fora em missões transculturais?
Neste texto, abordaremos o aspecto arqueológico do DNA, que trouxe uma revolução nos últimos tempos e trouxe à luz grandes constatações históricas para o mundo atual. Sendo assim, vamos pensar na nossa igreja sendo analisada em algum tempo futuro com base naquilo que já fez e faz hoje em 2020. Isso se Cristo não voltar hoje! Inclusive, espero que de hoje não passe, MARANATA!
Se todo o material encontrado nos arquivos digitais das redes sociais, ou nos HDs dos computadores usados pelos nossos pastores, ou ainda nos esboços redigidos manualmente por cada professor da Escola Bíblica Dominical (EBD), representasse toda a bagagem deste tema que fora ensinado para a comunidade pelo tempo de existência da Igreja Batista Maranata, certamente não teria como citar ou listar todo o conteúdo aqui, mas certamente se destacariam pela repetição alguns ensinos/aulas em trechos da Bíblia que são passagens obrigatórias para se construir um conceito de missões:
Mateus 28.19: Fazer discípulos deve encabeçar esta lista, pois define nossa grande missão como cristãos. Tudo se resume a repetir a estratégia de Jesus. Enquanto houver a reprodução de discípulos, a continuidade da propagação das boas novas está garantida.
Atos 1.8: Alcançar simultaneamente todas as comunidades, próximas ou distantes.
Romanos 3.23: Pregar o Evangelho a cada pessoa, pois não há inocentes.
Mateus 9.38: Rogar ao Senhor por obreiros, sempre se colocando à disposição para ser um deles.
Isso só para começar a lista. Ainda seriam encontradas horas de gravações de Conferências Missionárias com testemunhos, desafios, informações, exposição bíblica de pastores e missionários de todos os cantos do Brasil e do mundo. Enfim, todo este material juntado seria uma riqueza de conteúdo que não se poderia mensurar.
Continuando a pesquisa arqueológica (lembrem-se que estamos num tempo futuro), encontramos muito material audiovisual, panfletos, boletins, vídeos usados no momento dos avisos dos cultos, entre outros.
Entre os acontecimentos, temos:
- História da fundação da Igreja Batista Maranata pelo Missionário Pr. Ivan Taylor
- Igrejas, Congregações e Pontos de Pregação nascidos de nossa igreja
- Pr. Marcelo e família enviado para o Uruguai como missionário
- Viagens periódicas dos pastores para visitar o campo e a família do Pr. Marcelo
- Viagens missionárias de nossa igreja para apoio ao trabalho no Uruguai
- Envolvimento com a Igreja El Shaday no Piauí
- Envolvimento com o Pr. Pedro em Portugal
- Envolvimento com a Missão Seara no Amazonas
- Envolvimento com o Pr. Tibério na Rússia
- Ação comunitária nos bairros carentes
- Day Camps com parceira com Highland
- Organização de eventos esportivos evangelísticos periódicos
- Aulas de artesanato e alfabetização com evangelismo
- Apoio à Fundação Casa
- Apoio à Casa de Recuperação de Drogados
E a lista não para…
Creio que nesta altura da nossa viagem arqueológica e de posse de todo este material, duas constatações inegáveis ficam evidentes:
1) Houve ensino sobre missões.
2) Houve a prática deste ensinamento.
Como tudo que é conhecido muito tempo depois dos fatos ocorridos, alguns detalhes podem se perder no caminho, nem todos os erros e acertos ficam registrados. Há de se reconhecer que nestas constatações inegáveis, estão envolvidas muitas horas de choro, medo, insegurança, solidão e frustração, que não ficaram registradas nos esboços, vídeos ou fotos, mas que somaram para que a história missionária da nossa igreja acontecesse.
Também devemos reconhecer que o nosso Deus, soberano e perfeito, cuidou de tudo com Sua mão poderosa, para que até aqui o Evangelho caminhasse sem a necessidade de que “outra geração se levantasse que fosse adiante” como diz a letra de um antigo e lindo cântico.
E assim, com um passado e presente focados na missão de ser e fazer discípulos, seguimos adiante, dia a dia obedecendo ao chamado do Senhor, até que Ele venha ou nos leve para Si.
Encerro este texto com uma despedida que aprendi com um amigo missionário, ele disse: “nos vemos no campo”. Vendo ele que eu não havia entendido, completou: “missionário não dá adeus, ele diz ‘nos vemos no campo’, porque ou nos encontramos no campo de luta ou no campo de glória”.
Nos vemos no campo!
Editorial de Marcio Giffoni
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