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Nomes de Deus: El Elyon

A revelação do nome de alguém é um evento significativo, especialmente para os israelitas no Antigo Testamento. Nomes frequentemente expressavam características essenciais ou atributos do indivíduo. O termo “nome” em hebraico significa “sinal” ou “marca distintiva”. Neste editorial daremos sequência em nossa série sobre os nomes de Deus explorando o significado do nome El Elyon.


O nome El é encontrado mais de 200 vezes no Antigo Testamento e é melhor traduzido como “Deus”. Podemos observar então que El Elyon é um nome composto. A partícula Elyon é usada tanto como um adjetivo como também o nome próprio de Deus, dependendo do contexto. Como adjetivo, Elyon significa “alto”, “elevado”, “exaltado”, como vemos em Neemias 3.25, qualificando a casa do rei como “superior” ou Genesis 40.17, qualificando o cesto “mais alto” do padeiro-chefe.


Quando o nome El Elyon é usado em sua forma composta, se referindo ao nome de Deus, o significado de Elyon é “Altíssimo”, “Mais Alto” e denota a soberania e supremacia de Deus. É importante notar que este nome é usado também para se referir a reis terrenos em toda a sua glória e até mesmo anjos, nos dando vislumbres da glória incomparável do “Altíssimo” e “grande rei de toda a terra” (Salmo 47.2).


Diante de um nome tão glorioso como El Elyon, o nosso Deus Altíssimo, qual deve ser a nossa postura?


Considerando que o nome de Deus revela características essenciais e Seus atributos, como Ele espera que Suas criaturas reajam à Sua soberania e supremacia?


1. Obedeça ao Deus Altíssimo!


“E o SENHOR, hoje, te fez dizer que lhe serás por povo seu próprio, como te disse,

e que guardarás todos os seus mandamentos. Para, assim, te exaltar (Elyon) em louvor,

renome e glória sobre todas as nações que fez e para que sejas povo santo ao SENHOR,

teu Deus, como tem dito.”

(Deuteronômio 26.18, 19 – ênfase do autor)


O contexto desta passagem é a exposição da Lei pela segunda vez por Moisés para uma nova geração que nasceu no deserto durante a peregrinação do povo de Israel, e que agora estava pronta para entrar na Terra Prometida. Este texto conclui a seção sobre oferecer as primícias, e nos ensina três conceitos:


Primeiro, o Senhor fez do povo de Israel o Seu povo, Sua propriedade especial, ao resgatá-los da escravidão no Egito e libertá-los com mão poderosa. Segundo, por conta disso, o povo de Israel deve obedecer aos seus Mandamentos. Terceiro, como resultado, o povo de Israel será exaltado (Elyon) à semelhança e juntamente com o El Elyon, o Deus Altíssimo. Dessa forma, receberão louvor, renome e glória, por serem os representantes fiéis do grande e glorioso Rei de toda a terra.


Esta passagem tem muitas implicações para nós cristãos, pois à semelhança de Israel, Deus nos fez “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9). O apóstolo Paulo revela como estes temas de louvor, renome e glória se manifestam nos cristãos da Nova Aliança, com base na obra do nosso Senhor Jesus Cristo (Efésios 1.3–14). Portanto, à semelhança de Israel no Antigo Testamento, nós também somos chamados à obediência aos Mandamentos do nosso Deus Altíssimo.


2. Tema o Deus Altíssimo!


“Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte;

subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo (Elyon).”

(Isaías 14.13, 14 – ênfase do autor)


Esta passagem profetiza a queda do reino da Babilônia, manifestada no rei mal e opressor desta nação. Porém, muitos teólogos também argumentam que estes versículos têm uma referência dupla, sendo a primeira o rei da Babilônia e a segunda Satanás, o anjo caído que foi “lançado por terra” por causa do seu pecado (Isaías 14.12).


Podemos observar nesta passagem que o desejo pecaminoso do rei da Babilônia e de Satanás é de superar o Deus Altíssimo. É um pensamento insensato, pois ninguém pode estar acima dAquele que detém toda soberania e sabedoria. Porém, é exatamente essa tolice que pensamos quando pecamos contra o Deus Altíssimo. Todo pecado tem uma raiz de orgulho e um desejo de superar o nosso Deus inigualável. Portanto, a maneira de glorificar o Deus Altíssimo é se colocar diante dEle em humildade e temor ao invés de orgulho (Tiago 4.1–10).


O ensino desta passagem complementa o ponto anterior, pois devemos não somente obedecer ao Deus Altíssimo, mas também O temer. A obediência e o temor do Senhor são os dois lados da mesma moeda, e vemos que estas características não podem existir em um coração orgulhoso. Também observamos que aquele que é orgulhoso, desejando ser como Deus e até mesmo superá-lO, acabará no “reino dos mortos, no mais profundo do abismo” (Isaías 14.15).


3. Adore o Deus Altíssimo!


“Batei palmas, todos os povos; celebrai a Deus com vozes de júbilo.

Pois o SENHOR Altíssimo (Elyon) é tremendo, é o grande rei de toda a terra.”

(Salmo 47.1, 2 – ênfase do autor)


Neste salmo, o autor conclama o povo a adorar a Deus com palmas e vozes de júbilo. Em seguida, o salmista nos dá a razão pela qual devemos adorá-lO: “Pois o SENHOR Altíssimo é tremendo, é o grande rei de toda a terra” (Salmo 47.2).


O fato de que Deus é Altíssimo, incomparável, exaltado e o grande Rei cheio de glória deve nos levar a louvá-lO. O salmista continua descrevendo nos versos subsequentes os feitos incríveis do Deus Altíssimo, o nosso El Elyon, e chamando o povo de Deus para adorá-lO, pois esta é a única resposta apropriada diante de tamanha soberania, supremacia e glória!


Que possamos crescer a cada dia como cristãos em obediência, temor e adoração ao El Elyon, nosso Deus Altíssimo, ao vislumbrarmos mais e mais de Sua glória, soberania e supremacia nas Escrituras Sagradas.


Editorial de Leonardo Cordeiro



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