“Venham a mim... Aprendam de mim”
Mateus 11.28-29
Ao crescer na semelhança a Jesus, o cristão experimenta grande libertação e se torna uma bênção para aqueles que vivem com Ele... Isso é radicalmente verdade na disciplina espiritual da submissão... A obsessão de exigir que as coisas marchem de acordo com a nossa vontade é uma das maiores escravidões da sociedade moderna. Ficamos furiosos e agimos como se nossa vida dependesse de coisas que, de fato, não são tão importantes assim. Ganhamos úlceras! Quase todas as divisões que ocorrem na igreja vêm das pessoas não terem a liberdade de submeter-se umas às outras. Insistimos que está em jogo algum princípio sagrado quando geralmente não é assim...
O ensino bíblico sobre a submissão concentra-se, antes de tudo, em como vemos as outras pessoas. Na submissão encontramos, afinal, liberdade para as valorizar. Seus sonhos e planos tornam-se importantes para nós. Descobrimos que é muito melhor servir ao próximo do que fazer como bem entendemos. Ficamos livres da escravidão da amargura, quando a atitude de alguém não é como esperávamos.
Jesus nos chamou a negar-nos a nós mesmos, e não que nos odiássemos a nós mesmos! A autonegação é simplesmente uma forma de entendermos que nossa felicidade não depende de conseguirmos o que desejamos. Jesus não perdeu sua identidade ao submeter-se ao Pai por amor a nós. Nem Pedro, ao abrir mão de tudo e obedecer à ordem do Mestre de “pastoreia minhas ovelhas”. Pelo contrário! Encontramos nossa verdadeira identidade de cristão. E desfrutamos dela.
O mais radical ensino social de Jesus foi a inversão total que Ele fez da noção moderna de grandeza. A liderança está em tornar-se servo de todos! O poder se descobre na submissão. O símbolo supremo desta radical condição de servo é a cruz. “[Jesus] a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Filipenses 2.8). Mas observe isso: Cristo não somente morreu uma morte de cruz; Ele viveu uma vida de cruz! O caminho da cruz, do servo sofredor foi essencial ao seu ministério. Jesus viveu a vida de cruz em submissão ao próximo. Ele foi o servo de todos! Ele rejeitou títulos e poder: “Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi... Nem vos chameis mestres” (Mateus 23.8-10).
Jesus rompeu os costumes de seu tempo vivendo uma vida de consideração aos mais simples, às mulheres e às crianças. Viveu a vida de cruz quando tomou uma toalha e lavou os pés de seus discípulos. Este Jesus que poderia ter facilmente convocado uma legião de anjos para ajudá-lo, escolheu a morte de cruz no Calvário. A vida de Jesus foi a vida de cruz de submissão e serviço. A morte de Jesus foi a morte de cruz da conquista pelo sofrimento.
A vida e o ensino de Jesus solaparam todas as ordens sociais baseadas no poder e auto interesse. E Jesus chamou seus seguidores a viverem a vida de cruz: “Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos” (Marcos 9.35). “Porque eu vos dei o exemplo para que, como eu vos fiz, façais vós também” (João 13.15). A vida de cruz é a vida de servo livremente aceita!
Editorial do Pr.João Pedro
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