Você já parou para pensar que um dia saímos para brincar com nossos amigos de infância pela última vez e nem nos despedimos deles?
Todos sabemos que a vida é feita de fases. Por mais que seja verdade, não aceitamos muito bem. Não gostamos de despedidas, não gostamos que os momentos bons acabem. Na verdade, até aceitamos porque é inevitável, mas não gostamos, justamente porque eles acabam.
“Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo;
também pôs a eternidade no coração do homem...”
(Eclesiastes 3.11a)
Tristeza nas mudanças
Segundo o IBGE, a expectativa de vida do brasileiro chegou a 76 anos em 2018. Temos a certeza de que não somos eternos, mas muitas vezes vivemos como se fôssemos. Podemos até viver intensamente cada fase da nossa vida, mas sofremos nas transições.
Como um universitário que não vê a hora de se formar na faculdade, mas em contrapartida não quer se despedir dos amigos de turma. Um trabalhador às vésperas de sua aposentadoria sabe que o melhor para si e sua família é se aposentar, mas não quer sentir a quebra dos laços criados com os amigos de longos anos na empresa. Uma viagem planejada há meses, onde desfrutamos dela ao máximo e não queremos que ela acabe, ou até mesmo quando os filhos se casam, sabemos que é o melhor para eles e que este é o ciclo natural da vida, mas a “síndrome do ninho vazio” vai pairar sobre os pais de alguma forma.
Nossa última inimiga – A Morte
Essas mudanças são inevitáveis, mais cedo ou mais tarde vamos passar por elas, mas certamente nenhuma delas se compara à separação pela morte. A morte é, sem dúvida, a pior das despedidas, por mais que saibamos que não somos eternos, quando ela chega para um dos nossos é muito triste. Mesmo nos casos em que a morte já é esperada por causa de uma doença ou idade avançada. É evidente que a eternidade está ligada ao nosso coração.
Por que sofremos nas despedidas?
Isso acontece porque não fomos criados com “data de validade”, fomos criados perfeitos e para a eternidade, por um Deus eterno, para vivermos num relacionamento eterno com Ele e também uns com os outros.
A comunhão entre Deus e o homem era perfeita antes da queda, onde o próprio Deus andava pessoalmente com Adão e Eva no jardim “Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia....” (Gênesis 3.8), mas um dia o homem se rebelou contra Deus e essa comunhão foi quebrada pelo pecado.
“E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
(Gênesis 2.16,17)
Adão e Eva optaram voluntariamente por desobedecer a Deus e comeram do fruto, então a morte passou a ser uma realidade. O vínculo de comunhão com o criador da vida fora quebrado e nossa sentença seria passar o “restante” da eternidade sem Deus.
Esperança
“Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, estando nós mortos em nossos delitos,
nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos.”
(Efésios 2.4,5)
Por causa do amor de Deus, e pela Sua graça, a história não terminou por aí. Ele já havia providenciado um plano de redenção na pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo, plano este que nos incluiria. O fato de sofrermos nas despedidas é porque vivemos neste mundo caído com a presença do pecado. Se avaliarmos as despedidas considerando apenas esta vida, não teremos esperança. Mas se levarmos em conta o plano eterno de Deus, veremos que este plano é perfeito e um dia o próprio Deus vai restaurar toda separação causada pelo pecado.
“...Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima,
e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor,
porque as primeiras coisas passaram.”
(Apocalipse 21.3c,4)
Só há dois lugares para passar a eternidade – COM DEUS ou SEM DEUS
De acordo com a palavra de Deus, só há dois lugares para passarmos a eternidade, com Deus ou sem Deus. Não há uma terceira opção, não existe campo neutro, ou você estará em um ou em outro, goste você ou não.
Nosso coração naturalmente ama este mundo e o pecado, por isso sofremos. Colocamos nossa satisfação em coisas terrenas, como pessoas, coisas, status, dinheiro, etc., porém são coisas passageiras. Tudo um dia acaba, inclusive nós.
Por causa do pecado, não sofremos apenas nesta vida, há uma pena de morte eterna sobre cada um de nós. Por isso, se rejeitarmos a Deus e Sua obra de salvação, passaremos a eternidade sem Ele.
“pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,“
(Romanos 3.23)
“...a alma que pecar, essa morrerá.”
(Ezequiel 18.4c)
ETERNIDADE COM DEUS
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim,
ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?”
(João 11.25,26)
Cristo levou sobre si a nossa culpa pelo pecado na cruz, por isso, a única forma de passarmos a eternidade com Deus é através dEle.
ETERNIDADE SEM DEUS
Mas aqueles que rejeitarem a pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo, não têm parte com Ele e a ira de Deus permanecerá sobre eles, e passarão a eternidade longe do Senhor em um lugar de tormenta.
“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”
(João 3.36)
“Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.”
(Apocalipse 20.14b,15)
Conclusão
Este senso de eternidade que temos, no qual não queremos que as fases desta vida acabem, é justamente a eternidade colocada por Deus em nosso coração (Eclesiastes 3.11b). Somente Deus tem o poder de satisfazer nosso coração, independentemente de qual fase da vida você esteja. Seja um jovem terminando o ensino médio ou um avô curtindo sua aposentadoria com seus netos.
O pecado causa separação, o fato de esta vida ser finita é uma de suas consequências, mas Deus oferece o consolo em meio as transições e perdas. A vida eterna começa quando nos entregamos para Cristo, por isso temos esperança tanto na eternidade quanto aqui nesta vida.
Há um Deus no céu que supre nossas necessidades e anseios, Ele é suficiente para preencher nossas perdas. Mesmo se você estiver vivendo hoje a última fase de sua vida, saiba que é um privilégio ter chegado nela, louve a Deus por isso, e se você já se entregou para o Senhor, e está à beira de passar a eternidade com Ele, que esperança maravilhosa!
Agora, caso você ainda não tenha Jesus como seu Senhor e salvador, sua eternidade está em jogo, mas há esperança. Você pode resolver isso se arrependendo de seus pecados e entregando sua vida para Jesus. Por que não fazer isso agora?
Editorial de Dimas Rodrigo
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