A Esperança da Vida Eterna
- Site IBMaranata
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Em um mundo moderno, onde a ciência e a tecnologia parecem ter calçado botas de sete léguas e atravessado, num só salto, desertos de ignorância em segundos de sabedoria, o ser humano, iluminado pela luz da própria engenhosidade, continua, enganosamente, acreditando em sua suprema capacidade de dominar plenamente o curso de toda sua existência.
E, se por um lado, no teatro das ilusões, o homem realmente acredita que a encenação da vida pode ser dirigida e controlada, por outro, quando o cenário oscila entre os mais diversos tipos de eventos, que possuem extremo potencial de provocar a sua extinção, como, por exemplo, crises, epidemias, violências, catástrofes e toda sorte de tragédias, a morte continua sendo uma de suas maiores incertezas, porquanto, diante dela, a razão se curva e o saber se cala.
Nesse ponto, o tão admirável controle da vida dá agora lugar ao medo e à angústia, que passam a ser os protagonistas de um enredo dominado por sentimentos de negação, dúvida, indignação e senso de injustiça, que esterilizam as mentes mais brilhantes, tornando-as incapazes de compreender o maior mistério existencial, que, tanto a lógica, quanto o conhecimento, jamais poderão alcançar.
E em meio ao breu de tantas inquietações e das vozes que prometem sentido à finitude da vida, mas falham em vencer o desespero de um fim inevitável, há uma mensagem eterna que brilha e permanece inabalável: a vitória da vida sobre a morte, proclamada pela Palavra de Deus, que não somente confirma essa verdade com clareza e poder, mas também oferece consolo e uma esperança concreta para todos os que creem: a ressurreição dos mortos e a promessa de vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
E é o apóstolo Paulo que afirma essa verdade, ao tratar do tema da ressurreição com os Coríntios, porquanto, alguns deles, influenciados por ideias gregas, estavam duvidando que os mortos realmente ressuscitariam.
Paulo, então, além de esclarecer que existe uma relação direta entre a ressurreição de Cristo, no passado recente, e a ressurreição futura dos crentes, também declara que não há qualquer significado para a fé cristã sem a ressurreição de Cristo, porquanto, se Cristo realmente não ressuscitou, toda pregação não faria o menor sentido e o edifício da fé desmoronaria, o pecado permaneceria, a esperança acabaria e a morte venceria. (1 Coríntios 15.12–19).
E, com efeito, logo em seguida, no versículo 20, para acabar definitivamente com a dúvida daquela comunidade (e de todos nós), o apóstolo, assegura, de forma crucial, que “De fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem”.
Tal declaração é um dos pilares da fé cristã e a garantia dos crentes de que viverão para sempre com o Senhor, porquanto, a vitória de Cristo sobre a morte semeou vida no pó da terra e fez do túmulo um jardim florido, onde brota a esperança e resplandece a eternidade.
É essa certeza que alimenta e fortalece o verdadeiro cristão, que, livre do medo, do vazio e do desespero, não encara a morte como perda, nem como escuridão ou fim absoluto, mas apenas como uma passagem gloriosa para a vida eterna, que marcará o início da plenitude da comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Embora essa viva esperança não anule a dor, não impeça o sofrimento, nem, tampouco, supere as injustiças daqui deste lado do sol, ela é para o crente como uma âncora firme da alma (Hebreus 6.19), que consola e dá sentido, cria estabilidade e gera ânimo, inflama a coragem e produz perseverança diante das tribulações de um mundo injusto, arruinado pelo pecado e que geme por redenção.
Fora dessa expectativa de vida eterna, o que resta para todo aquele que não crê em Cristo, e nem mesmo sabe quem Ele é e o que de fato Ele fez, infelizmente, é a triste realidade de viver dentro de um horizonte limitado entre o aqui e o agora, carregado de um imediatismo egoísta (1 Coríntios 15.32) e órfão de propósitos (Efésios 2.12), permanentemente buscando, não somente, sentido em coisas terrenas que lhe possa oferecer sucesso, prazer, conquistas, poder... (Marcos 8.36), como também, conforto, segurança e uma perspectiva de um futuro (que vá, até mesmo, além dessa existência) em formas alternativas de espiritualidade que sempre prometem muito, mas nunca entregam nada (Jeremias 2.13).
Mas, a boa notícia é que ainda há tempo! Primeiro para o que não crê, porquanto a porta da Graça continua aberta e o mesmo Jesus que virá como juiz, o chama, agora, como Salvador. Não endureça, portanto, o seu coração, apenas o silencie para ouvir o que o Deus vivo tem a lhe dizer, por meio da Sua santa e poderosa Palavra. Reconheça e se arrependa de todos os seus pecados e desvie dos caminhos que o afastam da justiça e da verdade.
Confesse Cristo como seu Senhor e Redentor (Romanos 10.9), porquanto Ele tomou sobre Si as suas culpas e as cravou na cruz (Isaías 53.4 e 5). Confie nEle de todo o seu coração (Provérbios 3.5) e creia no amor que O levou ao Calvário, no sangue que purifica e na ressurreição que garante a esperança da vida eterna.
E assim, as correntes que o prendem se romperão, você será transformado e Aquele que venceu a morte fará de você uma nova criação, filho da graça e herdeiro da eternidade, sustentado pelo único amor que nunca falha.
E segundo, para aquele que crê, que conhece o nome de Cristo, que frequentemente participa dos cultos e até serve em ministérios da igreja, mas o seu coração continua longe do Senhor, porquanto ainda não entendeu quem, de fato, Deus é. Talvez seja por isso que viva flutuando nas ondas da dúvida, trilhando por caminhos espinhosos, à margem da vida cristã, professando uma fé morna, que agrada muito mais a sua consciência do que o coração do próprio Criador.
Mas, Cristo ainda está à porta e continua batendo (Apocalipse 3.20). Ele não busca sábios, nem religiosos, nem talentosos pregadores ou notáveis adoradores, mas apenas filhos, e quer Se revelar a você, não por meio de ritos, mas de relacionamento. Quebre, portanto, as muralhas do orgulho, da rotina e da indiferença espiritual e permita que o Deus de todas as coisas ocupe o trono do seu coração. E então, aquele que antes era apenas um nome em sua boca, passará a ser o Salvador que redime (Atos 4.12), o Senhor que governa (Gálatas 2.20), o Amigo que consola (João 15.15), e sobretudo, a vida que nunca termina (João 17.3).
Editorial de Walter Feliciano

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