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Deus está em cima do boi?

Atualizado: 21 de ago. de 2018

Apesar do título parecer cômico, não encontrei outro melhor para este artigo, acredito que com o desenrolar da história você entenderá o porquê e irá concordar comigo.


Há algum tempo, fomos apenas meu filho e eu para a Escola Bíblica Dominical (EBD), pois minha esposa ficou em casa se recuperando de um resfriado, chegando na igreja deixei meu filho na classe das crianças e fui para a dos adultos, como costumamos fazer todos os domingos. Até aí tudo normal.


Porém, naquele domingo eu estava com o coração apertado com algumas situações que estavam me afligindo há algum tempo e eu estava orando ao Senhor por solução e que confortasse meu coração. Eu estava ansioso, sem esperança e “vivendo no automático”, eu necessitava urgentemente do consolo do Senhor.


Não me lembro qual foi a aula na classe dos adultos naquele domingo, mas na sala do meu filho, com 5 anos naquela época, a aula foi sobre a Soberania de Deus e sua onisciência, onipresença e onipotência.


Terminou a escola bíblica dominical, continuei “no automático” e com o coração ainda apertado, bati um papo com alguns irmãos, peguei meu filho, entramos no carro e nos dirigimos para casa.


Era um domingo ensolarado e bonito, poucas nuvens, e no trajeto de volta, passando pela Rodovia dos Tamoios, havia vários bois pastando nas montanhas ao lado da rodovia, e como de costume, voltei conversando com meu filho sobre como foi a aula dele, o que ele aprendeu, etc., quando de repente, enquanto ele olhava para os bois me fez uma pergunta: “Pai, Deus está em cima do boi?”.


Eu de início fiquei com aquela cara de interrogação, dei uma risada mas respondi: “Sim, filho. Deus está em cima do boi. Deus está em todo lugar”. “Pai, e Ele sabe de todas as coisas também, né?”, complementou ele a pergunta, e eu respondi novamente: “Claro, filho, Ele sabe de tudo”. E expliquei a ele um pouco sobre a soberania de Deus, que Deus tem TUDO sob seu controle, sob sua vontade e que NADA pode frustrar seus planos. Enquanto eu explicava, me veio como um raio a seguinte pergunta. “Se Deus é tudo isso, por que meu coração está apertado? Como ensino algo a meu filho que recuso a viver?.”


Naquela hora fiquei em cacos por dentro. Minha incredulidade e falta de confiança em Deus eram os motivos de meu sofrimento. Ainda dirigindo, pedi perdão a Deus por minha incredulidade nEle, entreguei os meus anseios e preocupações a Ele e confiei, e na mesma hora senti o conforto do Senhor e fiquei com meus ânimos renovados. Que Deus maravilhoso!


Deus usou uma pergunta “simples” de uma criança para me mostrar algo que eu não estava vivendo e se manifestou mais uma vez graciosamente e consolou meu coração. Pode até parecer algo trivial, mas a restauração  que experimentei nesse dia foi imensa.

Para ser sincero, fiquei  até com vergonha de escrever sobre isso, mas foi uma experiência simples e ao mesmo tempo profunda que tive com o Senhor que achei interessante compartilhar.


Gostaria de enfatizar a soberania de Deus em meio às nossas lutas. Devemos sondar o coração e adorar o Senhor, como no Salmo 139.


“SENHOR, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. [...] Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? [...] Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; [...] Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.

Somos seres adoradores, e Deus deve ser o centro de nossa adoração. Nossa adoração não é em algum lugar ou em algum dia específico. Devemos desenvolver uma vida de adoração. Quando a mulher Samaritana perguntou a Jesus onde se deve adorar, Jesus ensinou “... nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. […] Deus é espírito; e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” (João 4.21-24)."


Emery H. Bancroft exemplificou bem sobre Jesus e sua onipresença:


As misteriosas idas e vindas de nosso Senhor, após Sua ressurreição, tiveram a intenção de ensinar a Seus discípulos de que maneira Ele podia estar e estaria com eles “todos os dias até a consumação dos séculos.” A onipresença de Jesus demonstra a onipresença de Deus (BANCROFT, 2001, p. 60).


Em Cristo, que é onipresente por ser Deus, temos esperança. E através dessa esperança apresentada pelo evangelho devemos adorar o Senhor. Cristo se compadece de nós. Aleluia!


“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa se compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, mas sem pecado.”

(Hebreus 4.15)


Quando tomamos ciência da onisciência de Deus, devemos confiar e adorar.


Deus está acima de tudo, porque Ele é DEUS, o meu Deus.


Editorial de Dimas Rodrigo



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