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Deus Forte

Está se aproximando a época do Natal. Estamos imersos em uma visão humanista do Natal onde a esperança, nesta época do ano, está associada a um apelo à fraternidade, à caridade e ao convívio familiar. Também há um apelo comercial com a troca de presentes entre as pessoas. Crianças esperam ansiosamente por esse tempo, na expectativa de ganhar presentes.

 

Não há nada de errado em dar presentes e falarmos a respeito de fraternidade ou praticarmos a caridade, porém esse não é o centro da mensagem de Natal. A esperança do Natal é a comemoração de um evento que mudou completamente a história da humanidade: o nascimento de um bebê, cujo nome foi dado por intermédio de anjos, Jesus (Mateus 1.21). Normalmente, um bebê traz alegria e esperança aos seus pais e familiares próximos, existe uma expectativa em como será o seu desenvolvimento e que coisas realizará durante a sua vida. Porém, o nascimento de Jesus e a Sua missão já haviam sido traçados desde antes da fundação do mundo e trouxe alegria e esperança a famílias de todas as nações (1 Pedro 1.18 e 19; Gênesis 28.14).

 

O Messias Prometido: Deus-Homem

 

É importante destacar que Cristo não é o sobrenome de Jesus, mas é um título que Lhe é conferido. A palavra Cristo, que aparece cerca de 500 vezes no Novo Testamento, é uma tradução grega da palavra Messias.¹ Vejamos a seguir como o apóstolo João conclui o seu Evangelho:

 

“Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais

que não estão escritos neste livro.

Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo,

o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”

(João 20.30 e 31)

 

O Messias era esperado pelo povo de Israel e essa é uma passagem bíblica que aponta Jesus como o Messias concluindo que, na verdade, ele é o próprio Deus, na pessoa do Seu filho.

 

O versículo de Isaías provavelmente seja a profecia mais conhecida a respeito do nascimento de Jesus, o Messias. Esse versículo, escrito cerca de 600 anos antes do nascimento de Jesus, já retratava a Sua condição divina.²

 

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu;

o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será:

Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;” 

(Isaías 9.6)


“Porque um menino nos nasceu” nos diz que nasceu uma criança, ressaltando a humanidade do Messias. Ele seria o Filho do Homem (Daniel 7.13), o filho de Davi (2 Samuel 7.12 e 13), o descendente de Abraão (Gênesis 22.18), aquele que esmagaria a cabeça da serpente (Gênesis 3.15). Ele precisava ser humano para que pudesse suportar as tentações que os homens enfrentam, mas sem pecado (Hebreus 4.15).²

 

“Um filho se nos deu” aponta para a divindade do Messias. Quando Isaías diz que o filho nos foi “dado”, em contraste com “nascido”, implica que o Messias já existia antes do Seu nascimento (Filipenses 2.6 e 7).³ Ele veio como Filho de Deus para vencer o pecado e a morte para sempre. 

 

Governante Perfeito: Deus Forte

 

“O governo estará sobre os seus ombros” afirma que Jesus é o Senhor. O profeta Daniel confirma isso ao falar sobre o Filho do Homem:

 

“Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos,

nações e homens de todas as línguas o servissem;

o seu domínio é domínio eterno, que não passará,

e o seu reino jamais será destruído.”

(Daniel 7.14)

 

Isaías profetizou em uma época de decadência espiritual do povo de Judá (Isaías 3.8–12), chamando o povo ao arrependimento (Isaías 2.6–9). Por meio do profeta, Deus revela a Sua ira e promete juízo (Isaías 3.13–15). Porém, diante da manifestação da ira de Deus contra a desobediência do povo, Deus revela Sua misericórdia mostrando que haverá restauração (Isaías 4.2–6) e a preservação de um remanescente fiel (Isaías 6.13).

 

Em contraste com a liderança de Judá que havia se corrompido (Isaías 3.4–7), Deus revela a vinda do Messias como o governante perfeito, revelando a Sua natureza divina (Isaías 9.6). Ele então é chamado de “Deus Forte” mostrando o poder e a autoridade divina de Jesus, o Messias.

 

Esse texto mostra um tempo futuro no qual Jesus terá um Reino físico, não apenas espiritual, que abrangerá todos os reinos e governos do mundo. Hoje Jesus possui um Reino invisível, governando sobre aqueles que reconhecem o Seu senhorio sobre as suas vidas e que buscam viver uma vida de obediência a Ele. Quando o Seu Reino físico se manifestar, Jesus revelará o Seu divino poder trazendo ordem ao caos. Aqueles que não reconhecerem o Seu senhorio em seus corações serão subjugados com vara de ferro (Salmo 2.9; Apocalipse 2.27; 12.5).³

 

O Deus criador de todas as coisas é um Deus triuno, onde Jesus é a Segunda Pessoa da Trindade, o filho de Deus. Assim, sendo o Deus criador de todas as coisas, Jesus exerce Seu poder não apenas governando, mas transformando o coração dos Seus súditos. Algo que somente Jesus, o Deus Forte, pode fazer.

 

Conclusão

 

Jesus é o Messias prometido ao povo de Israel. Havia algo difícil de compreender quanto a missão do Messias. Ele é o Deus Forte, mas também o Servo Sofredor. Ele, mesmo sendo Deus, adquiriu uma forma humana, foi humilhado e morto em uma cruz. Porém, Ele ressuscitou, Ele venceu a morte. Assim, quando cremos em Jesus, o Messias, recebemos o perdão dos pecados, a justiça de Cristo é imputada a nós. Essa bênção não é apenas para o povo de Israel, mas se estende para todos aqueles que creem.

 

“Naquele tempo, estáveis sem Cristo,

separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa,

não tendo esperança e sem Deus no mundo.

Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe,

fostes aproximados pelo sangue de Cristo.”

(Efésios 2.12 e 13)

 

Que possamos nos alegrar com a verdadeira esperança do Natal: Jesus, o Cristo. Que possamos depositar a nossa confiança na obra consumada por Ele em nosso favor. Que Ele possa reinar em nossas vidas como o Senhor. Que possamos render graças a Deus pela salvação que temos em Jesus Cristo!

 

Editorial de Sérgio Farias

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¹MacArhtur, John. Not a messiah - THE Messiah. Grace to you. 23 de setembro de 2016.  

²MacArhtur, John. The government on his shoulders. Grace to you. https://www.gty.org/articles/A290/the-government-on-his-shoulders. 

³MacArhtur, John. The child of prophecy. Grace to you. 9 de dezembro de 2020. https://www.gty.org/blogs/B151216/the-child-of-prophecy.

 

 

 

  

           


 
 
 

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