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Em Defesa da Fé

Vivendo sob o mesmo sol que os ateus.

 

Durante uma conversa no horário de almoço no trabalho, um colega ateu iniciou um diálogo profundo e respeitoso sobre fé com um cristão. Em determinado momento, afirmou com convicção:— “A ciência já explicou a vida pela evolução. Não precisamos de Deus para isso.”


O jovem cristão saiu dali com uma sensação incômoda. Sua fé permanecia firme, mas seus pensamentos estavam dispersos. Quantas coisas poderiam ter sido ditas diante de uma oportunidade tão clara para falar de Deus!

 

Vivemos em um mundo confuso. A sabedoria de Deus é incompreensível até mesmo para o mais sábio dos homens (1 Coríntios 1.25). Em tempos de incertezas, precisamos estar revestidos de mansidão e temor, mas o apóstolo Pedro nos orienta a acompanhar essas virtudes com a razão:

 

“Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração,

estando sempre preparados para responder

a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós,”

(1 Pedro 3.15)

 

Existem inúmeras referências e evidências que podem servir de base para fundamentar a fé cristã. Recomendo, por exemplo, artigos do site answersingenesis.org e os livros de Josh McDowell. Mas, para o propósito deste editorial, quero destacar três argumentos apologéticos: o teleológico, o moral e o bibliológico.

 

1)    O Argumento Teleológico (Romanos 1.20)

 

A palavra telos, do grego, significa “fim” ou “propósito”. O argumento teleológico afirma que a ordem, a complexidade e o propósito do universo apontam para um Criador inteligente. Já a visão ateísta sustenta que o universo surgiu do caos.

 

É comum a ilustração do relojoeiro: se encontramos um relógio, com mecanismos complexos e ajustados para cumprir o seu propósito específico de marcar as horas, sabemos que há por trás dele um relojoeiro que o projetou e construiu.

 

Da mesma forma, quando observamos as peculiaridades do universo, não identificamos caos, mas sim uma ordem infinitamente mais complexa do que a de um relógio. Cada constante física, cada movimento celestial, cada partícula subatômica segue padrões tão exatos que não poderiam ter surgido ao acaso.

 

A manutenção do universo só é possível porque essas constantes fundamentais estão ajustadas com precisão inimaginável. O cientista Roger Penrose estimou a probabilidade de todas essas condições ocorrerem “por acaso” em 1 para 10 elevado a 10 elevado a 123 — um número inconcebivelmente pequeno. Para comparação, o matemático Émile Borel considerava que probabilidades menores do que 1 para 10 elevado a 50, já eram impossíveis.

 

2)    O Argumento Moral (Romanos 2.14 e 15)

 

Talvez um dos mais filosóficos, o argumento moral aponta para a origem da consciência moral humana. Todos nós, independentemente de cultura, religião ou época, reconhecemos que existe o certo e o errado. Sabemos que amar é melhor do que odiar, que ajudar é melhor do que prejudicar, que matar um inocente é objetivamente errado. Isso não é mera preferência pessoal, mas um senso moral universal.

 

A grande questão é: de onde vem esse senso moral?

 

Se o universo fosse apenas fruto do acaso — um conjunto de átomos colidindo sem propósito — por que haveria dentro de nós uma lei moral? O acaso não produz obrigações. A química do cérebro pode explicar sentimentos, mas não explica deveres.

 

E aqui está a essência do argumento: se existem valores morais objetivos, deve existir um Legislador Moral objetivo. A moralidade não pode estar flutuando no ar; precisa ter uma fonte que transcenda culturas, épocas e opiniões humanas. Essa fonte é Deus.

 

3)    O Argumento Bibliológico (2 Timoteo 3.16 e 17)

 

A Bíblia contém 66 livros diferentes, escritos por cerca de 40 autores, em 3 continentes, em 3 idiomas distintos, ao longo de aproximadamente 1.500 anos. E, ainda assim, mantém um tema central coeso e sem contradições: Jesus Cristo. Isso não é fruto do acaso, mas da inspiração divina.


Mesmo diante do ceticismo de alguns, o teste bibliográfico confirma a confiabilidade das Escrituras por meio da análise da quantidade e proximidade dos manuscritos em relação ao texto original.


Por exemplo: ninguém questiona a autenticidade da Ilíada de Homero, que possui 1.757 cópias manuscritas encontradas cerca de 400 anos após sua escrita. Já o Novo Testamento conta com 23.795 manuscritos, alguns deles produzidos apenas 30 anos depois dos textos originais. Esse número extraordinário confirma a preservação fiel da mensagem que transformou o mundo — uma mensagem pela qual homens e mulheres deram suas vidas, para que Cristo fosse conhecido.

 

Conclusão


Que esses três argumentos ajudem o leitor a aproximar sua fé da razão, para que tenhamos a autoridade dada por Deus para defendê-la. Que possamos guardar em mente o Deus Criador, fonte da ciência, da moral e da história, que se revelou plenamente em Jesus Cristo, para nos redimir e nos tornar Seus filhos.

 

Editorial de Victor Simão

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