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Hora dos Banquetes!

Para alguns, o mês de novembro é a última esperança de se fazer regime para chegar no peso ideal para as festas de final de ano. Para outros, é simplesmente o mês que antecede as festas de final de ano. Independentemente do grupo a que você pertença, durante as festas de Natal e Ano Novo, a maioria das pessoas come muito além da sua saciedade e comete o pecado da gula. Esse pecado parece inofensivo e comum, porém veremos que Deus se importa com o nosso domínio próprio. A Bíblia também nos informa que a maneira como nos portarmos nas festas de final de ano em nossa interação com a comida diz muito sobre quem adoramos.


Cristãos devem ser caracterizados pelo domínio próprio


“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.”

(Gálatas 5.22, 23 – ênfase do autor)


O domínio próprio é um dos frutos do Espírito, e uma das principais áreas em que os cristãos estão negando este poder de Deus é diante dos banquetes de final de ano. O conceito bíblico de domínio próprio está relacionado com restringir as emoções, impulsos e desejos de alguém. Refere-se a fazer o que é sabido ser uma escolha positiva por causa de suas consequências positivas, ao invés de fazer o que é sabido não ser uma escolha positiva, simplesmente por causa de seus prazeres imediatos.


Quem nunca comeu tanto que acabou dormindo mal à noite? Ou ingeriu tanto açúcar que sentiu seu corpo “pedindo” este mesmo prazer nos dias subsequentes? É justamente aqui que o apóstolo Paulo nos diz que Deus nos concede poder pelo Espírito para resistir. E a motivação deixa de ser apenas uma mudança de comportamento, mas sim a nossa resposta amorosa ao nosso Salvador que nos amou e se entregou por nós. Domínio próprio é possível por causa do que Deus fez por nós em Jesus Cristo.


Cristãos seguem a Deus e não os seus impulsos e desejos, administrando bem suas emoções


“O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas.”

(Filipenses 3.19)


Em Filipenses, o mesmo apóstolo Paulo nos encoraja a ter domínio próprio, mas agora chamando a nossa atenção para o fato de que os descrentes não o possuem. Pelo contrário, estes inimigos da cruz tem uma adoração distorcida e seguem o “ventre”, uma maneira figurada para se referir a seus próprios desejos, incluindo especialmente o pecado da gula. Podemos inferir desta passagem que, quando cometemos o pecado da gula, nossos apetites se tornam nosso deus funcional. Uma verdade, portanto, é que nosso domínio próprio diante da mesa comunica algo sobre nosso relacionamento com Deus e sobre a maneira como o seguimos.


Uma das tentações que possuímos como criaturas ainda imperfeitas é usar emoções desgovernadas como desculpa para pecar diante da mesa. Por exemplo, nas festas de final de ano existe aquela ansiedade do encontro familiar ou pelo novo ano que se inicia, então comemos mais para nos consolar da ansiedade. Porém, de acordo com a Palavra, deveríamos resistir a essa tentação e lidar com essas emoções desgovernadas diante de Deus, ao invés de buscar amenizá-las com outro tipo de deus ou refúgio.


Cristãos devem viver para servir e agradar ao Senhor Jesus Cristo


“É por isso que também nos esforçamos,

quer presentes, quer ausentes, para lhe sermos agradáveis.

Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo,

para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.”

(2 Coríntios 5.9, 10)


Um aspecto importante da vida cristã que deve qualificar nosso domínio próprio é nosso objetivo de vida como cristãos. É muito fácil esquecermos do nosso propósito de vida quando estamos fora da nossa rotina nas festas de final de ano, porém a verdade bíblica é que devemos servir e agradar ao Senhor Jesus Cristo em tudo.


Deste modo, é importante sempre nos questionarmos se nossas pequenas decisões diárias, entre elas se vamos repetir a sobremesa, são decisões conscientes de buscar servir e agradar ao nosso Salvador. Em geral, aqueles que têm um domínio próprio exercitado poderão ser usados mais intensamente no Reino de Deus.


Cristãos devem usufruir da criação de Deus com gratidão


“Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz;

e quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus;

e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus.”

(Romanos 14.6)


O mesmo apóstolo Paulo também nos encoraja a comer a fim de glorificar o Senhor, ou “para o Senhor”. O conhecido texto de 1 Coríntios 10.31 diz: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” Existe um elemento aqui de liberdade em comer e aproveitar aquilo que o Senhor nos deu, com gratidão no coração. O Senhor Jesus Cristo declarou todos os alimentos puros em Marcos 7.18, então podemos nos alegrar e usufruirmos dessas coisas com sabedoria, usando a liberdade sem dar ocasião à vontade da carne (Gálatas 5.13).


Portanto, como cristãos devemos exercer o domínio próprio nas festas de final de ano, buscando honrar ao Senhor ao refrear nossos impulsos. Mas também devemos usufruir das comidas deliciosas que Deus criou, com sabedoria e gratidão no coração.


Editorial de Leonardo Cordeiro


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