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Livrando-se do peso do espírito crítico

Atualizado: 17 de set. de 2018

A crítica pode assumir várias formas. Ao longo de um mesmo dia, você pode interagir com diversas formas de crítica, desde a ironia de uma conversa ordinária até a forma mais destrutiva de um comentário cruel. Ao longo de um mesmo dia, você pode estar em ambos os lados da crítica: de quem a faz e de quem a recebe. Porém, seja qual for a situação, uma crítica qualquer é um fardo pesado imposto aos envolvidos. É preciso aprender a lidar com a crítica numa comunicação agradável a Deus que edifica relacionamentos, ao invés de destrui-los.


Alguém que nutre um espírito crítico carrega um fardo pesado, que rouba a alegria característica da vida cristã. Em algum momento, o fardo se tornará insuportável, tanto para quem faz a crítica como para quem a escuta. O espírito crítico vem de um descontentamento contra um mal percebido que alimenta um padrão de maledicência danoso para a harmonia de relacionamentos. Esse padrão do uso da língua é tão destrutível como o fogo (Tiago 3.6) e rouba a alegria do dia-a-dia (1 Pedro 3.10).


Diante desse cenário perigoso, considere algumas atitudes necessárias para livrar-se do peso do espírito crítico:


Reconheça que por trás de cada crítica existe um valor

A crítica não é um mero capricho pessoal. Seja ela pequena ou de grandes proporções, a crítica revela a presença de valores importantes para o crítico. Esses valores podem ser claros e bem articulados ou um conjunto desordenado e confuso. Seja como for, a crítica revela o que é importante para o crítico e precisa de um tratamento correto (Mateus 12.34).

Por isso, se algo está lhe incomodando e nutrindo em você um espírito crítico, preste atenção ao que isso está dizendo sobre suas prioridades. O espírito crítico quanto à arrumação de sua casa revela suas preferências e prioridades para o lar. O espírito crítico quando ao seu casamento revela suas prioridades sobre o que deve reger seu relacionamento. O espírito crítico quanto à condução da igreja revela o que é importante para você quanto ao testemunho do Evangelho. O que o seu espírito crítico revela sobre suas prioridades, preferências e valores?  


Avalie seu sistema de valores

Embora a crítica não seja um mero capricho pessoal, nem toda a crítica é fruto de um coração puro. As motivações de uma comunicação agradável a Deus não são egoístas e centradas em preferências (Filipenses 2.1-4), mas uma busca constante para a edificação do ouvinte para a glória de Deus (Efésios 4.11-16).


O fardo pesado do espírito crítico é carregado de ressentimento, oposto ao amor bíblico (1 Coríntios 13.5). O ressentimento amargurado é pesado demais, mais pesado que o preço do amor em comunicar a verdade ao próximo. O fardo do espírito crítico é um sinal de que seu sistema de valores precisa ser reavaliado com urgência. A reavaliação de seus valores começa na natureza de suas prioridades. Valores são bíblicos e universais, preferências são subjetivas e pessoais. A reavaliação também leva em consideração como seus valores são comunicados. Alguns valores são reais e precisam ser defendidos. Mas eles precisam ser corretamente defendidos.


Aceite que você é parte da solução

O espírito crítico não se apresenta como parte da solução. A crítica procura ouvidos curiosos que não estão comprometidos com a edificação. Então, prolifera-se a maledicência, destruindo a unidade de relacionamentos e promovendo a discórdia. Deus odeia isso (Provérbios 6.16-19). Por isso, além de reavaliar seu sistema de valores de acordo com a Verdade, você precisa comunicá-los de modo puro.


Não espere ser alguém sem pecado para comunicar e defender um valor bíblico. Seja alguém que busca constantemente caminhar em obediência à Palavra de Deus e comprometido em lidar biblicamente com os próprios pecados. Assim, você será alguém pronto para defender um valor e edificar as pessoas ao seu redor.


Se sua avaliação revelou um sistema de preferências, ame os envolvidos (Romanos 12.10). Isso pode até mesmo envolver a comunicação de como que certas atitudes o afetaram. Porém, isso não requer uma repreensão. Por outro lado, se sua avaliação revelou um pecado envolvido, você deve planejar uma repreensão e não nutrir um espírito crítico. Escolha as palavras certas (Provérbios 15.28) e encoraje os envolvidos apontando evidências da graça de Deus na vida de cada um deles, afirmando seu amor e compromisso em edificar ao redor da Verdade, não em preferências pessoais.


Além de cooperarem com a construção harmoniosa de relacionamentos, esses três passos simples aliviam suas costas do pesado fardo do espírito crítico, que secam sua vitalidade espiritual e roubam sua alegria de viver para a glória de Deus. Não tenha um espírito crítico seco, mas seja um comunicador amoroso e verdadeiro.


Editorial do Pr.Alexandre 'Sacha" Mendes



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