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Mães Humildes

Se você, mãe, separou um tempo para ler este editorial, já quero dizer que eu espero que seja um abraço e um encorajamento! Glória a Deus pelo desejo que Ele colocou em seu coração de buscar conhecê-lO melhor! Continue assim, mesmo que você seja interrompida cinco vezes enquanto lê esse texto por completo.


Sim, essa é a nossa realidade. Muitas mães vivem cansadas e sobrecarregadas pelas demandas legítimas da maternidade. As tarefas diárias, a constante correção, instrução, e até mesmo a própria cobrança. Quando vemos nossos filhos se comportando mal, nós os corrigimos, e esperamos mudança. Mas sejamos sinceras, em pouco tempo nossos filhos voltam a fazer exatamente a mesma coisa. E esse é um ponto que precisamos entender: embora muitos digam que é esse processo de repetição constante que irá ensiná-los, nunca haverá mudança verdadeira se não atingirmos o coração dos nossos filhos.


Ironicamente nós não mudamos da mesma maneira que esperamos que os nossos filhos mudem. Por vezes, temos mãos de servas, mas nos falta o coração de serva. Fazemos o que precisamos, mas não com o coração que deveríamos. O cansaço define a nossa maternidade porque a enxergamos como uma lista de tarefas a serem cumpridas e resultados a serem alcançados. Carregamos o peso de mudar os nossos filhos e o nosso próprio coração.


E não sei como é para você, mas esse pensamento de ter que ser perfeita e ter que mudar meus filhos, me sobrecarrega. Consequentemente, fico frustrada, impaciente, ansiosa. Fico triste quando me vejo julgando outras mães que não fazem como eu, e encontro defeito em todos, menos em mim. E a bola de neve fica cada vez maior...


O que toda essa realidade descrita deixa claro é que precisamos mudar — não só nossas atitudes, mas o nosso coração. Jesus explica isso para Nicodemos em João 3.1–21. Somos atraídas pelo pecado. Jesus diz que “a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más” (João 3.19). Se o nosso coração é a fonte de todos os desejos e motivações, e nele não há nada de bom, então nada que fizermos com as nossas próprias mãos será bom, nem a nossa maternidade. Precisamos de uma nova realidade. Essa era a mensagem que Nicodemos precisava ouvir!


Um mestre da Lei, servindo o povo de Deus, que buscava viver a Lei de forma íntegra e caminhar nos caminhos do Senhor. Um homem trabalhador e devoto. Lembra algumas mães que conheço! Porém, isso não era o suficiente. Jesus fala para ele que “ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo” (João 3.3).


Assim como Nicodemos, a realidade é que muitas de nós tentamos chegar ao Reino de Deus pelas nossas próprias forças. Ser uma boa mãe, que cuida dos filhos e das coisas da casa, que brinca e ensina, que cozinha e limpa, que dá conta de todas as tarefas e, por vezes, também colaboram no sustento da casa e ainda mantém um sorriso no rosto. Muitas vezes, em nosso coração, cremos que fazer todas essas coisas é o que irá garantir para nós um lugar de honra no Reino de Deus.


O problema é que isso é uma mentira, que nos consome e desanima. O problema é interno e a única solução é um novo coração. No fim das contas, tentar ser uma mãe excelente não nos fará, necessariamente, uma excelente mãe. Jesus não veio para nos dar uma lista de tarefas que fará de nós boas mães. Ele veio para morrer no nosso lugar e nos dar um novo coração!


Cristo morreu na cruz para cumprir a promessa que Deus havia feito muito antes em Ezequiel 36.26: “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne”.


Essa verdade muda tudo! É libertador para nós mães porque significa que nós, por mais que façamos TUDO, nunca seremos capazes de ser o Salvador da vida dos nossos filhos. Podemos ser constantes instruindo e discipulando nossos filhos, e pode até ser que haja mudança de comportamento neles, mas nunca seremos capazes de transformar os corações dos nossos filhos. Somente Cristo é capaz de trazer os nossos filhos da morte à vida!


Por isso, ao invés de sermos mães orgulhosas que só corrigem os filhos e vivem frustradas porque nossos filhos não acertam, busquemos ser mães que se ajoelham em humilde oração, pedindo a Jesus para fazer o que somente Ele é capaz de fazer.


Descansemos naquilo que Cristo fez! Sejamos fiéis a Ele, e cheguemos diante dEle com todas as nossas imperfeições e fraquezas! Entreguemo-nos a Ele! Ele nunca rejeitará o humilde de coração.


Cristo nos dá vida em meio às tarefas repetitivas do dia a dia, aos choros, birras e frustrações! Ele nos deu um coração novo e não há nada mais importante do que isso para a vida dos nossos filhos.


Editorial de Amanda Theis Santos





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