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Noite de Paz?!

Atualizado: 18 de dez. de 2018

Você já ouviu hinos ou cânticos de Natal que falam da “Noite de Paz”? Já reparou como a paz é mencionada como elemento obrigatório do “espírito natalino”? Juntamente com alegria e saúde, paz faz parte dos votos mais populares de “Feliz Natal” e “Ano Novo”. Porém, nem sempre a “paz” é o clima que domina essa época do ano. O “espirito natalino” popular cria um ambiente de amizade e felicidade que, infelizmente, mais parece um paliativo para as dores do ano que uma paz verdadeira.


Mas o que a milícia de anjos proclamaram na ocasião do nascimento do menino Jesus? “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.” (Lucas 2.14). Precisamos reconhecer que o espírito natalino captou a necessidade da presença de paz no Natal. Embora sua experiência possa ser qualquer coisa diferente de paz, a paz faz parte do Natal. Para entender essa discrepância entre o mero “espírito natalino” e a verdadeira paz do nascimento de Jesus, algumas definições são importantes.


A paz superficial do “espírito natalino”

A paz pregada nessa época do ano tem a ver com ausência de conflitos ou brigas. A paz amplamente mencionada como parte do “espírito natalino” está relacionada com uma trégua das brigas do ano. É o desejo de desfrutar de um feriado com experiências positivas e de emoções saudáveis. Por isso, muitas das brigas são ignoradas como parte do desejo de produzir uma exceção para o padrão do ano. Se durante o ano fomos marcados por uma comunicação truncada, brigas constantes ou até mesmo conflitos sem fim, pelo menos no final do ano, iremos desfrutar de uma trégua. É Natal.


A paz do verdadeiro Natal

A paz proclamada pelos anjos é diferente. Não se trata de ausência de conflitos ou brigas, mas demonstração de poder e autoridade de Deus sobre a ordem criada. A ordem criada abrange a criação tangível e visível e a esfera dos relacionamentos, tanto com Deus como entre outros humanos. Por isso, não pode ser definida nem experimentada sem a presença da autoridade divina, manifesta no Filho de Deus! Jesus nasceu, é natal, por isso há paz!

Mas ainda temos um problema: por que nossa experiência “grita” o contrário? Se Jesus trouxe paz, onde ela está?


Paz com Deus

O primeiro aspecto fundamental da paz trazida por Jesus está no relacionamento de Deus com os homens. Desde a entrada do pecado na Humanidade, o homem vive em estado de constante conflito e inimizade com Deus. O resultado é o que testemunhamos nos noticiários e experimentamos nas dores do dia-a-dia. É guerra!

A vinda de Jesus trouxe paz, a reconciliação entre Deus e os homens que creem (Romanos 5.1-11). O relacionamento que antes era marcado por inimizade, agora encontra seu descanso na paz trazida pela manjedoura do menino Jesus e conquistada na cruz do Salvador Jesus. Jesus é o sacrifício para que isso aconteça e aquele que incorporou a paz que os homens precisam.


Paz entre os homens

Ainda assim, vemos que os homens vivem em estado de guerra com a ordem criada e entre eles mesmos em diversos níveis. A ausência de paz com Deus é vista na hostilidade que demonstramos com nossos semelhantes. Foi assim logo após a entrada do pecado na História. Em Genesis 3, Adão e Eva pecaram se colocando em inimizade contra Deus. Imediatamente após o pecado, já se hostilizavam na troca de acusações sobre a responsabilidade da rebeldia (Genesis 3.12ss).


A paz conquistada por Jesus nos tornou participantes de bênçãos que antes não tínhamos acesso. É através da vinda de Jesus que passamos a desfrutar de paz com Deus e com os homens (Efésios 2.11-18). Porém, essa paz não se faz visível de forma automática. A paz conquistada por Jesus deve ser diligentemente preservada com a mesma atitude que o próprio Jesus demonstrou (Efésios 4.1-6).


O Natal é mais um lembrete da paz trazida por Jesus. A paz do Natal é a paz com Deus trazida e conquistada por Jesus e aplicada pela fé nEle. É vista no testemunho que damos na construção da paz entre os homens! É natal, é paz de Jesus! Agradeça a Deus pela paz que tem com Ele e peça a graça de crescer na preservação dessa paz com os homens!


Um Feliz e Abençoado Natal!


Editorial do Pr.Alexandre "Sacha" Mendes





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