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Usando Um Dinheiro Que Não é Meu

O tema do nosso editorial de hoje pode soar estranho, afinal parece lógico que não posso usar um dinheiro que não é meu! Mas faz todo sentido quando pensamos de que o nosso dinheiro é de fato de Deus para usarmos de forma que O agrade.


Este conceito vem do princípio de finanças de que Deus é o dono de tudo! Conceito este que podemos encontrar em toda a Bíblia.


Deus é dono do mundo (Salmo 24.1); dono do solo (Levítico 25.23); dono dos animais (Salmo 50.10–12); a prata e o ouro também são dEle (Ageu 2.8) e nós mesmos somos dEle (1 Coríntios 6.20; I Pedro 2.9).


Sendo esta portanto, a realidade, o que somos então, visto que Deus é o único proprietário de todas as coisas?


Somos mordomos, uma função bem conhecida no Velho Testamento, tendo como os exemplos mais conhecidos: Eliezer, o mordomo de Abraão e também José, mordomo de Potifar e posteriormente administrador de todo o Egito. Isto muda radicalmente nossa visão financeira e nos faz diferentes quanto ao uso do dinheiro, quanto a origem do nosso salário e proventos, e quanto ao conceito bíblico de prosperidade.


Essa visão é exclusiva do povo de Deus, embora na prática o povo de Deus esteja vivendo a visão que o mundo tem em todas essas áreas.


Devemos deixar de ser escravos do sistema; de viver os acasos e decisões políticas de salário e preços. Devemos deixar de viver a pressão das incertezas do futuro e da velhice. Por outro lado, devemos passar a viver a responsabilidade de administrar bem os recursos que Deus tem colocado em nossas mãos, onde ao aplicar no Seu reino prioritariamente, temos a garantia do próprio Deus de que Ele vai multiplicar e restituir com mais recursos àqueles que administram bem o que lhes fora confiado.


Deste recurso e multiplicação vem sempre uma quantia para meu próprio deleite como recompensa do Dono do recurso ao administrador pela sua boa administração. Em termos práticos, o meu salário é Deus me dando recursos dEle para que eu administre, e ao prestar contas desta administração, eu seja recompensado com recursos extras para administrar para meu próprio deleite. Era assim, com o povo de Israel no Velho Testamento e é assim também com o crente hoje em dia.


Portanto, existe uma prosperidade segundo Deus que é advinda da generosidade do administrador ao investir o recurso em Seu reino. Um texto-base é Provérbios 11.24, 25: “A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda. A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado”.


E nas palavras de Jesus: “...foste fiel no pouco, sobre o muito te constituirei...” (numa referência à parábola sobre os talentos, que era uma unidade monetária daqueles dias).


Considerando o exposto, seguem algumas dicas básicas para você se organizar financeiramente e praticar uma boa mordomia daquilo que Deus tem te dado:

  1. Tenha um mínimo de controle e organização de seus recursos, entradas e saídas (Lucas 14.28).

  2. Defina as prioridades considerando em primeiro lugar o investimento no Reino (Mateus 6.33).

  3. Avalie suas necessidades para não gastar com coisas que não precisa.

  4. Não gaste um valor superior aos recursos que recebe mensalmente.

  5. Seja diligente e prudente (Provérbios 6.8 e 13.4).

  6. Esteja sempre pronto para ajudar os necessitados (Lucas 3.11).

  7. Faça tudo conforme a legislação e com responsabilidade, sendo exemplo no meio do povo (Romanos 13.7 e 1 Pedro 2.12).

  8. Seja sempre agradecido pelo que Deus te dá (Habacuque 3:17, 18).


A generosidade é o caminho da prosperidade dada por Deus.


Editorial do Pr. Edison Naves




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