Ebola, H1N1 e Zika são apenas alguns exemplos recentes de epidemias. Embora sejam males diferentes, o risco de morte é o denominador comum. Estudos são feitos para entender o processo de transmissão e desenvolvimento das doenças. Medidas são tomadas para conter o avanço das epidemias e conscientizar a população sobre os riscos envolvidos. O perigo é real e seus efeitos evidentes. São problemas que precisam de soluções.
No entanto, mais preocupantes são os problemas causados por um mal que não se enxerga facilmente. Mais perigoso é o mal cujos efeitos passam desapercebidos pela maioria da população. O mal que inibe o desenvolvimento humano, distorcendo a imagem e a representação de Deus na Terra. Esse mal é a mediocridade, uma atitude mental que busca o menor esforço em detrimento da excelência e da virtude. A mediocridade que se contenta com o mediano numa vida esvaziada de significado e vigor.
A origem da mediocridade
A mediocridade não é um problema de falta de tempo, recursos, ambiente ou traços de personalidade. Mediocridade é um problema do coração do Homem na esfera da adoração. A epidemia da mediocridade se alastrou e infectou a todos nós. Poupamos esforços no exercício do trabalho, medíocre. Deixamos para estudar de última hora, medíocre. Surfamos nas redes sociais ao invés de investir nos relacionamentos familiares, medíocre. Todos nós lutamos em viver na periferia da excelência em áreas diversas da vida. A questão não é se você lida com a tendência à mediocridade, mas sim como você luta contra seus próprios desejos desgovernados pela mediocridade.
Fomos criados para representar visivelmente o Deus invisível, como imagem e semelhança do próprio Deus (Genesis 1.27, 28). Porém, pouco depois, o Homem se rebelou contra esse plano. Ao invés de querer representar a Deus, o Homem quis ser igual a Ele (Genesis 3.1-6). A imagem de Deus no Homem foi distorcida pelo pecado com implicações profundas em todas as atividades que exercemos sobre a Terra. Deixamos de representar a Deus para buscar nossos interesses egoístas e confortáveis. O trabalho que deveria mostrar a excelência do Criador mostra agora a rebeldia da criatura. O pecado distorceu os propósitos da Criação, apontando para a necessidade de Redenção.
A solução para a mediocridade
O resgate dos propósitos da Criação não pode ser feito pelas criaturas. O próprio Criador tomou a iniciativa de guiar a História. Não apenas como um narrador distante, mas como personagem central. O Criador, Jesus Cristo, tomou forma de Homem e habitou entre nós (João 1.1-14). Ele viveu uma vida excelente, sem pecado e sem mediocridade (2 Corintios 5.21a). Jesus foi aperfeiçoado numa vida excelente para se tornar o sacrifício perfeito (Hebreus 5.8, 9).
Como Salvador excelente, Ele se fez pecado (e medíocre) em nosso favor. Ele fez assim para que fôssemos feitos justiça em Deus (2 Coríntios 5.21b). Em Cristo Jesus, somos excelentes por causa da vida excelente que Ele viveu. Só a excelência divina que tem o poder de nos libertar da falsa excelência do orgulho humano e da mediocridade que resulta quando estamos confortáveis em nosso mundo. Para quê? Para não mais vivermos para nós mesmos, mas para Ele (2 Coríntios 5.15).
A vida excelente
Assim, a vida agora é direcionada para algo maior que seu conforto e prazer. Tudo deve revelar a excelência do Criador. A disciplina que passa a caracterizar tudo o que fazemos revela a condição de nosso coração. Uma vida excelente é resultado de uma visão prática da grandiosidade de Deus.
Por isso, o primeiro passo para a "cura" da epidemia da mediocridade é a confissão humilde ao Seu Salvador. Confesse seu padrão de mediocridade e abrace a graça que tem o poder de resgatá-lo de você mesmo. Desfrute da percepção da grandiosidade de Deus. Isso irá transformar sua vida. E isso só é possível pela fé nAquele que foi excelente em seu lugar: Jesus Cristo.
Que Deus oriente seus passos na busca pela vida excelente.
Editorial do Pr.Alexandre "Sacha" Mendes
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