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O Natal no Novo Testamento

Semana passada vimos O Natal no Antigo Testamento, hoje veremos o que é o Antigo e o Novo Testamento, o nascimento de Jesus e quais as implicações do Natal para nós.


Entendendo o que é o Antigo e o Novo Testamento

O Antigo Testamento, também chamado de Velho Testamento, contém a aliança que Deus fizera com Israel, narrada em Êxodo 24, que regia Seu povo desde Moisés.


Deus havia separado um povo para si, do qual viria o Messias. A antiga aliança estava ligada com a estrita obediência à Lei de Deus, sendo essa a condição para salvação.


Dentro do escopo da Lei Mosaica, havia todo um sistema de sacrifícios por causa dos pecados do povo, o que apontava para o plano de redenção de Deus para o homem, pois o homem era incapaz de cumprir a Lei e necessitava de um Redentor.


O Novo Testamento teve início na morte de Jesus quando Seu sangue foi vertido na cruz em nosso favor. Testamento é um documento que só tem valor jurídico com a morte do testador, ou seja, enquanto ele vive, o testamento não tem poder legal.


Jesus fez uma nova aliança conosco em Sua morte, Ele cumpriu a Lei, e na cruz foi satisfeita a justiça de Deus. A nova aliança consiste que, em Jesus, podemos obter a salvação como um presente gratuito (Efésios 2.8, 9) por causa daquilo que Jesus fez na cruz, e para obter esta salvação pela graça o homem precisa crer que Jesus é o filho de Deus e que Ele morreu em nosso lugar.


Esta nova aliança já era predita desde o início da Lei mosaica, onde Deus anunciara que enviaria o Messias para resgatar o homem do pecado. Jesus não veio para revogar a Lei, Ele veio para cumpri-la (Mateus 5.17, 18). Ele é o mediador desta nova aliança através da Sua morte, quando Jesus disse: “Está consumado”, em outras palavras, “está cumprido“ (João 19.30).


“... Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.” (Lucas 22.20b)


Por isso ele é mediador de uma nova aliança, para que,

tendo intervindo a morte para a redenção das transgressões que havia debaixo da primeira aliança, os que têm sido chamados, recebam a promessa da eterna herança.

Pois onde há um testamento, é necessário que intervenha a morte do testador;

pois um testamento não tem força senão pela morte,

visto que nunca tem valor enquanto o testador vive.”

(Hebreus 9.15-17)


Existem várias promessas acerca do nascimento de Jesus, Sua vida, Seu ministério na terra e Sua morte, nEle se cumpre toda a Lei do Antigo Testamento, pois Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.


O Nascimento de Jesus

Um anjo aparece a Maria dizendo que ela conceberia e daria à luz um filho, mesmo ela não tendo relação com nenhum homem. Sua concepção seria através do Espírito Santo e o menino seria chamado Filho do Altíssimo, que receberia o trono de Davi e que Seu reino seria para sempre.


Maria estava desposada com José, homem temente a Deus, o qual creu na promessa do Salvador, mantendo-se ao lado de Maria. Estando ela grávida, Cesar Augusto, imperador romano, convoca a população para fazer o recenseamento, cada um em sua cidade natal. Sendo José da família de Davi, tiveram que ir de Nazaré até Belém por conta do censo, uma distância de aproximadamente 145 quilômetros.


Já em Belém, aconteceu de completarem-se os dias de Maria, porém eles não encontraram lugar na hospedaria local. Além do censo que estava acontecendo, outro fator que implicou na lotação da hospedaria foi que estava próxima a Festa dos Tabernáculos que acontecia em Jerusalém, cidade ao norte de Belém, festa essa que atraía as pessoas da circunvizinhança. E por não encontrarem lugar na hospedaria, eles dirigiram-se a um estábulo, onde Jesus nasceu.


Os anjos e os pastores


“Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam,

e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.

O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria,

que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador,

que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas,

e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.”

(Lucas 2.8-14)


Os pastores foram rapidamente e encontraram Maria, José e a criança deitada na manjedoura e relatou-lhes o que acontecera, todos ficaram admirados e os pastores voltaram louvando a Deus por tudo que tinham visto.


A visita dos magos


"Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, em dias do rei Herodes,

eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam:

Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele,

toda a Jerusalém; então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer.

Em Belém da Judeia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel.”

(Mateus 2.1-6)


Os magos provavelmente vieram da região da Mesopotâmia, antiga Babilônia, atual Iraque, e percorreram uma distância entre 1300 a 1600 quilômetros. Chegando em Jerusalém, perguntaram pelo recém-nascido Rei dos judeus, pois viram sua estrela no Oriente e vieram adorá-lo.


Herodes convocou os principais sacerdotes e escribas de Israel para perguntar onde o Cristo haveria de nascer, e eles responderam que seria em Belém da Judeia, citando Miqueias 5.2. Partiram os magos para Belém, e lá encontraram o menino já grande, provavelmente com dois anos de idade, e entregaram suas ofertas, ouro, incenso e mirra.


Um fato interessante é que a figura do presépio que temos em nossa cultura tenta descrever todos estes acontecimentos em uma única cena, porém há um espaço de tempo entre as duas narrativas.


Outro fato relevante, talvez o mais grave, é que os principais sacerdotes e escribas ao receberem a notícia da possibilidade de o Cristo ter nascido não fizeram caso e voltaram para suas rotinas. Eles deram a resposta de pronto, em Belém da Judeia, e citaram a profecia de Miqueias, mas isso não despertou o interesse deles em conhecer o Messias. Belém ficava a apenas 10 quilômetros de Jerusalém.


Uma nação que espera por essa notícia há quase 1400 anos e seus principais sacerdotes não fazem caso de verificar se o Cristo de fato havia nascido, na verdade significa que eles não estavam esperando o Cristo.


As implicações do Natal para nós

Os textos mencionados são uma síntese das narrativas bíblicas com o intuito de clarear nosso entendimento sobre as implicações do Natal para cada um de nós.


O fato é que somos pecadores, se olhamos para nosso coração e para o mundo, cada dia que passa vemos a necessidade de um Redentor.


Vemos, desde o jardim do Éden, Deus prometendo que enviaria um libertador da raça humana que desfaria aquilo que Adão havia feito ao se rebelar voluntariamente contra Ele.


Abraão, levando seu filho da promessa, Isaque, para o Monte Moriá nos apontava que Deus iria providenciar o Messias. Moisés libertando o povo de Deus do Egito e levando para a terra prometida nos apontava para o libertador que viria. A própria Lei Mosaica com seu sistema de sacrifícios, o tabernáculo apontava para a redenção que viria em Cristo.


Enfim, as implicações do Natal para nós são: JESUS NASCEU, Deus se fez homem e habitou entre nós. A maior prova de amor que este mundo conheceu. Deus deixou Sua glória e se fez homem por amor de nós. Deus cumpriu Sua promessa e mandou Seu Filho unigênito para que todo aquele que nEle crê, tenha a vida eterna (João 3.16).


Assim como nos dias de Noé, Deus clamava por arrependimento antes de enviar Seu juízo no dilúvio, bem como nos dias do nascimento de Jesus, Deus se fez homem e habitou entre nós, mas não fizemos caso dele. Hoje não é diferente, Deus continua se revelando ao homem e continua sendo rejeitado. E você, já aceitou a Jesus como seu Salvador? Ou assim como aquelas pessoas do passado você também tem O rejeitado?


O verdadeiro Natal não é um momento místico no ano em que surge um “espírito natalino” com esperança sem nenhum fundamento de um mundo melhor. O verdadeiro Natal consiste em lembrarmos de que um dia Deus se encarnou, tornando-se um bebezinho em uma manjedoura, nascido em um estábulo junto com os animais, por amor a nós.


Que neste Natal, Jesus seja o real motivo de sua comemoração e o centro de sua adoração. Emanuel!


"Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho,

e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)."

(Mateus 1.23)


Editorial de Dimas Rodrigo



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