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O papel da igreja local em missões

Atualizado: 17 de set. de 2018

No mês de setembro nossa igreja realiza a “Conferência Missionária”. Temos feito por sete anos e sempre é um grande desafio trazer mensagens que despertem nossa comunidade ao chamado que Cristo deixou para todo verdadeiro cristão, a saber, a grande Comissão.


Temos olhado para missões, principalmente a partir da perspectiva missionária. Mas precisamos ter certeza de não perder de vista o fato de que a maioria dos cristãos permanecerá em casa e servirá em igrejas locais. O objetivo de missões, uma vez que é um tema bíblico, não deve ser limitado àqueles no campo estrangeiro, pastores e professores. A grande Comissão é uma responsabilidade cristã universal. Missões não pode ser devidamente tratada além do contexto da igreja local. A ênfase do Novo Testamento é sobre a igreja local. Crentes individuais se envolvem em missões, mas eu afirmaria que devem fazê-lo em conexão com a igreja local. Se olharmos para a Bíblia para as instruções sobre o papel da igreja local em missões, eu acredito que podemos resumir o seu ensino em quatro palavras-chave: súplica, envio, supervisão e apoio.


I - A Igreja local deve ser ativamente envolvida em oração por Missões!


A oração é um elemento essencial da vida do crente (1 Tessalonicenses 5.17) e uma parte crucial da vida na igreja local (1 Timóteo 2.1). Embora seja claro que devemos orar pelas necessidades de saúde dos irmãos em Cristo (Tiago 5.13-18), esses pedidos tendem a dominar nossa reunião de oração. E mesmo que nós encontramos significativamente maior ênfase na oração para a propagação do evangelho, este é um elemento das nossas reuniões de oração que é extremamente negligenciado. Com a esperança de ver esta mudança para melhor, permita-me desafiar-nos em três áreas específicas de oração por missões.


Oração para o fornecimento de Missionários

 A primeira área de oração missionária, que deve ter a nossa atenção é a questão de orar para que Deus levante e envie missionários. A base bíblica para este foco de oração é Mateus 9.36-38. Este é um texto familiar, mas isso não deve nos cegar para a sua importância em relação à nossa vida de oração. O texto oferece (versículos 36 e 37) três incentivos para a oração. Estes são sumarizados nas palavras, "Ele sentiu compaixão delas". A palavra traduzida "compaixão" é sempre usada para descrever a atitude de Jesus e caracteriza a natureza divina de seus atos. Ele encontra no uso do termo "uma caracterização messiânica de Jesus em vez da mera representação de uma emoção”. O que estamos a ver aqui não é puramente piedade humana, mas divina compaixão para as pessoas com problemas. Essa compaixão está enraizada em três realidades que servem como os incentivos ou motivações para orar.


A gravidade do problema

O Senhor, movido de compaixão pela gravidade dos problemas, observou o que se passava com as multidões. O que ele viu? Primeiro, ele viu a condição do povo, "que estavam aflitos e desanimados" (versículo 36). Esta frase oferece duas descrições pitorescas do povo. A imagem é a de ovelhas sem pastor, ovelhas feridas e rasgadas ou por animais hostis ou por espinheiros e similares, e, em seguida, prostrados e impotentes. O primeiro, "afligiu" significava inicialmente rasgado ou mutilado. O segundo, "desanimado", significa, literalmente, ser jogado para baixo, prostrado e impotente. As duas pinturas combinadas formam um quadro sombrio da condição das pessoas que agitaram um forte sentimento de compaixão em Jesus, e assim deveria ser para nós também. Em segundo lugar, as palavras "como ovelhas sem pastor" indicam que Jesus também viu o fracasso dos líderes espirituais de Israel. As pessoas deveriam ter tido uma boa orientação, mas em vez disso, elas são como ovelhas sem pastor vagando pelas encostas. Em vez de desfrutar de um cuidado e orientação do pastor, elas estão vagando angustiadas e abatidas. Talvez pior, seus pastores eram realmente falsos guias e pastores mercenários (conforme Zacarias 10.2-3; 11.16-17). Há um incrível paralelo aqui entre a forma como Jesus viu a as pessoas e como Moisés temia que as pessoas de seu dia fossem. Em Números 27.16-17, Moisés expressou sua preocupação com Israel para o Senhor.


O volume da colheita

Com as palavras "a colheita é grande" Jesus desloca metáforas do rebanho para a fazenda e com isso prevê uma vasta necessidade de colheita. Jesus está tentando espalhar sua preocupação e compaixão aos seus discípulos ao mostrar a imensidão da tarefa à frente deles. Jesus está falando de pessoas que estão prontas para inclusão no reino. Nessa situação, é necessário que algo seja feito para trazê-los. Uma colheita de trigo precisa de trabalhadores para levar o grão para o celeiro; sem os trabalhadores a cultura não pode ser ceifada. Jesus diz que na grande colheita os trabalhadores são poucos. Como podemos ver o tamanho dessa safra e não nos motivarmos a orar sobre isso?


A escassez de trabalhadores

Embora a colheita seja grande, Jesus aponta que "os trabalhadores são poucos". Não há número suficiente de pessoas para trazer a colheita, e sem trabalhadores a cultura não será recolhida. O verdadeiro ponto aqui é que o campo de colheita é maior do que a força de trabalho. Aqui, como em Romanos 10.13-17, há uma clara afirmação que a nossa responsabilidade deve ser cumprida para a realização do plano divino. Nós nunca descobriremos como tudo isso funciona, mas sabemos o que foi revelado, e é isso que nós somos responsáveis ​​por obedecer.


Continua... no próximo editorial.


Editorial do Pr.Fábio



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