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A base do discipulado

Apesar de discipulado ser uma palavra que não aparece nas Escrituras, os discípulos são frequentemente citados, principalmente nos Evangelhos. O Pr. Mark Dever, em seu livro Discipulado: como ajudar outras pessoas a seguir a Cristo, fala que todo ser humano é um discípulo, a questão é: de quem? (Mateus 12.30). Sabemos que Jesus deve ser a resposta para essa pergunta, e nossa reflexão será justamente para que isso aconteça.


De forma simples, discipulado é o processo de fazer discípulos. No episódio “O que é discipulado?” do JubaCast (acesse), o Pr. Sacha define discípulos como “seguidores de Cristo, que imitam Cristo e que têm seu caráter transformado de acordo com o de Cristo.” A seguir, iremos meditar nos seguintes aspectos sobre como o próprio Jesus fez para discipular as pessoas à sua volta.


Jesus chama discípulos a segui-lO


“E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.

Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram.”

(Mateus 4.19, 20 – ênfase pessoal)


O primeiro passo que Jesus pede de seus discípulos é que eles O sigam. Isso significa deixar o seu caminho para trás e andar nos passos de seu Mestre, como fizeram Pedro e André. Essa não é uma tarefa fácil, pois envolve uma atitude de abnegação para que Cristo seja realmente o Senhor em todas as áreas de nossas vidas.


“Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes:

Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.”

(Marcos 8.34 – ênfase pessoal)


Portanto, como Cristo nos mostra, a primeira coisa que devemos fazer ao discipular uma pessoa é ajudá-la a segui-lO, tendo-O como o Senhor de sua vida.


Jesus chama discípulos a imitá-lO

Seguir a Cristo envolve fazer o que Ele fez, isto é, imitá-lO. Não só fazer o que Ele fez, mas fazer como Ele fez:


“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros;

assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.”

(João 13.34 – ênfase pessoal)


Isto se estende a todas as áreas, tais como serviço (João 13.14), humildade (Filipenses 2.5), sofrimento (1 Pedro 2.21) e obediência (1 João 2.3–6).


Ou seja, em segundo lugar, o discipulador deve ajudar o discípulo a imitar a Cristo. Algo que facilita esse processo é o próprio discipulador imitar a Cristo de forma que, se o discipulado o imitar, estará também imitando a Jesus, como Paulo mesmo nos desafia a fazer:


Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.”

(1 Coríntios 11.1 – ênfase pessoal)


Jesus chama discípulos a se parecerem com Ele

O terceiro fundamento do discipulado é ajudar o discípulo a não só imitar a Cristo, mas a se parecer com Ele, isto é, a possuir o Seu caráter. Não devemos apenas fazer o que Ele faz, mas também ser como Ele é.


“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.

Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,

porque sou manso e humilde de coração;

e achareis descanso para a vossa alma.”

(Mateus 11.28, 29)


Neste texto vemos que mansidão e humildade são marcas do caráter de Cristo. Verdadeiro (João 1.14), sábio (Lucas 2.52), justo (João 7.18), submisso (João 4.34), zeloso (João 2.17), paciente (1 Timóteo 1.16), misericordioso e fiel (Hebreus 2.17). A lista de Seus atributos é extensa, o que torna o desafio grande, mas a recompensa também é: o descanso para nossa alma.


Jesus chama discípulos a fazerem discípulos

Por fim, é importante ressaltar que fazer discípulos não era uma tarefa específica de Jesus, Ele também nos chama a fazê-los:


“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,

batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.”

(Mateus 28.19, 20A - ênfase pessoal)


Ou seja, se não estivermos ajudando outros a seguirem a Jesus, nós mesmos não estamos seguindo a Jesus. Fomos criados para pertencermos a um corpo (1 Coríntios 12.12), no qual devemos nos aplicar a instruir a outros, que, por sua vez, instruirão a outros.


“E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas,

isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros.”

(2 Timóteo 2.2)


Esse processo é feito pela transmissão do conhecimento a respeito de Cristo, o qual, como os versículos deste editorial apontam, está detalhado nas Escrituras, nossa principal base para o discipulado.


Editorial de André Negrão Costa



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