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Disciplinas Espirituais — Memorizando a Palavra

Você Entesoura Aquilo Que Lê?

 

A memorização da Palavra de Deus é certamente uma das disciplinas mais negligenciadas pelo povo de Deus. Com as diversas ferramentas de pesquisa inteligentes que temos hoje, o acesso à informação é muito rápido, de forma que decorar versículos parece algo ultrapassado ou desnecessário. No entanto, vemos diversas orientações na Bíblia tanto para guardarmos a Palavra (Deuteronômio 6.6 e 7; Salmo 1.1 e 2; Salmo 119.11; João 14.23), quanto de que receberemos ajuda nesse processo (João 14.26). Então, por que continuamos a não buscar a prática da memorização bíblica? Os pontos a seguir visam a nos direcionar para o crescimento nessa área:

 

  1. Entendendo a Realidade Espiritual

    Memorizar as Escrituras, assim como a sua leitura, é uma atividade espiritual. Assim, quando memorizamos, nosso enfoque não é apenas decorar, mas ter nosso coração tão cheio da Palavra que nossos pensamentos, palavras e ações transbordem isso (Colossenses 3.16). Ou seja, o propósito é moldar nosso coração à vontade de Deus. Se fosse apenas uma questão de ter os textos com fácil acesso, de fato, nossos celulares e computadores dariam respostas bem rápidas. No entanto, ferramentas de pesquisa e de inteligência artificial podem até ser velozes, porém não são guiadas pelo Espírito. Você é!

     

  2. Entendendo os Propósitos

    Entendendo que a memorização é algo espiritual, naturalmente precisamos aprofundar no conhecimento dos propósitos espirituais dessa prática. Primeiramente, a memorização nos oferece prontidão para a guerra espiritual. Quando Jesus foi tentado, Ele respondeu imediatamente às investidas de Satanás com a Palavra (Mateus 4.1–11). Segundo, a memorização é essencial para aconselhar e ajudar outras pessoas em dificuldades (Colossenses 3.16). Conhecer os textos nos dá material para oferecer consolo e exortar nossos irmãos nos baseando na Palavra e não na nossa opinião. Terceiro, a memorização aumenta o entendimento e o desejo pela Palavra (Provérbios 2.1–5), gerando um ciclo virtuoso que nos leva a memorizar melhor.

     

  3. Sinceridade Com as Supostas Dificuldades

    Memorizar é um processo difícil, mas que conseguimos fazer quando valorizamos e entendemos os propósitos. Nosso cérebro tem a capacidade de memorizar, porém há um esforço a ser empreendido. E sempre que há necessidade de algum esforço nossa mente tende a criar desculpas. Dizemos que nosso cérebro não é bom. Dizemos que já passamos dessa fase. Com efeito, há diversos motivos para não memorizarmos a Bíblia, porém todos eles são criados por nós mesmos. Se quisermos remover esses obstáculos, precisamos dar nomes corretos aos nossos pecados (preguiça, idolatria, orgulho, etc.) e dar passos práticos para lutar contra eles (e não desistir de lutar). E é justamente o fato de termos em nossa mente os textos bíblicos decorados que vai nos ajudar nessa luta.

     

  4. A Prática em Prática

    Um outro ponto é que memorizamos o que usamos com frequência. É bem provável que existam informações que fazem parte de nossa rotina que, de tanto usar, acabamos memorizando. Logo, se não estamos memorizando a Bíblia é porque não temos tido o costume de usar os versículos e textos no nosso dia a dia. Se toda vez que somos afligidos combatemos nossos pensamentos com os versículos apropriados, a tendência é memorizá-los. Se temos o costume de aconselhar e discipular pessoas, precisamos memorizar textos para utilizar nesse processo. Se temos o costume de falar com Deus (seja orando ou louvando) com base em textos da Palavra, iremos memoriar esses textos.

 

Memorizar as Escrituras é, portanto, uma arma poderosa na jornada cristã, que não deve ser negligenciada. Trata-se de um ato de submissão ao agir do Espírito para sermos moldados pela Palavra, que é sustentado pela graça. E quando isso acontece, experimentamos transformação na nossa vida: mais amor pela Verdade, mais resistência ao pecado e mais compaixão pelo próximo.

 

Dê hoje o primeiro passo para efetivamente lidar com suas dificuldades e abraçar o desejo pela memorização da Palavra de Deus.

 

Editorial de Tássio Cavalcante

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