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Família — Seja Bendito o Teu Manancial!

Atualizado: 16 de ago.

Deus criou o sexo e o incluiu dentro do que chamou de “muito bom”, juntamente com todo o restante da Criação (Gênesis 1.31). Mas, assim como toda a Criação, o sexo também foi distorcido com a entrada e com a presença do pecado na história (Gênesis 3). Em vez de ser desfrutado para a glória de Deus, o pecado distorceu o sexo como um fim em si mesmo, desligando-se de um propósito maior e sublime como o Criador havia criado. Os resultados têm sido catastróficos, trazendo juízo sobre muitos que se entregam à imoralidade sexual (Romanos 1.24–27; 1 Tessalonicenses 4.3–8).

 

O exercício da sexualidade fora dos propósitos de Deus gera dor e confusão, embora prometa prazer e realização. Assim, é importante olharmos para o que a Bíblia diz sobre o sexo de acordo com as informações do Criador. Considere, por exemplo, os versículos abaixo:

 

"Seja bendito o seu manancial, e alegre-se com a mulher da sua mocidade,

corça amorosa e gazela graciosa.

Que os seios dela saciem você em todo o tempo;

embriague-se sempre com as suas carícias."

(Provérbios 5.18 e 19)

 

O texto de Provérbios 5.18 e 19 é parte dos discursos iniciais de Salomão ao seu filho. Os discursos dos capítulos um a nove buscam persuadir seu filho (e os leitores) a relacionarem-se com a Sabedoria e deixarem a insensatez. Salomão apresenta a Sabedoria como um tesouro de valor inestimável (Provérbios 3.13–16) e a descreve aplicada em diversas situações: companhias (Provérbios 1.10–19); mordomia (Provérbios 3.9 e 10); um coração ensinável (Provérbios 4.13); etc. Os discursos demonstram uma vida sábia em ação, marcando um estilo de vida transformado em todas as suas áreas, inclusive na área sexual. O sexo transformado pela graça de Deus é sábio, seguro e prazeroso.

 

Sexo Sábio

 

Em Provérbios 5, o sexo é tratado dentro da categoria de sabedoria ou de insensatez. O caminho do insensato é marcado por sedução, engano e adultério (5.1–6). Salomão exorta seu filho sobre os perigos da insensatez no prazer sexual de curto prazo, mostrando as consequências dolorosas de longo prazo (5.7–14). Mas Salomão não fica só nisso. O texto bíblico não apresenta apenas os perigos do sexo insensato, mas também aponta uma alternativa melhor. Salomão encoraja seu filho a uma vida de sabedoria expressa no deleite sexual dentro do relacionamento conjugal e exclusivo entre os cônjuges (5.15–20). O sábio prazer do relacionamento sexual dentro do casamento cumpre um importante papel de proteção mútua contra a insensatez das diversas formas de imoralidade sexual. É na sabedoria aplicada ao sexo que aprendemos sobre o sexo seguro.

 

Sexo Seguro

 

Muito se fala sobre a importância do sexo seguro. Geralmente, a referência se limita à prática do sexo, livre dos riscos de contrair alguma doença sexualmente transmissível ou de uma gravidez indesejada. Mas, o sexo seguro segundo a Bíblia é diferente. O sexo sábio é seguro porque acontece dentro de um contexto seguro: o casamento. O contexto seguro do casamento para o sexo não somente livra de problemas e confusão (Provérbios 5.9–14; 6.32–35; 7.27), como também reflete um caminho de sabedoria onde há a verdadeira liberdade das cordas mentirosas da insensatez (Provérbios 5.22) e do perigo da morte (Provérbios 5.23).

 

A segurança do relacionamento conjugal cria o contexto ideal para a manifestação de verdadeira vulnerabilidade, elemento importante para o deleite sexual de fato. O relacionamento físico mais íntimo, o sexo, acontece quando os cônjuges estão vulneráveis e entregues um ao outro. Essa vulnerabilidade e essa entrega não acontecem se não houver segurança, respeito e amor verdadeiros. E é justamente essa segurança do contexto sexual conjugal e de intenso companheirismo que reside a fonte de grande prazer sexual, livre da culpa do engano e do pecado.

 

Sexo Prazeroso

 

O texto de Provérbios 5.18 e 19 é um encorajamento ao prazer sexual dentro do casamento. Infelizmente, a distorção do sexo envolve tanto a perversidade sexual quanto a negação do prazer sexual. A sabedoria bíblica nos chama a considerar o sexo como algo puro e um presente prazeroso dado ao casamento. Provérbios 5.18 e 19 mencionam uma cisterna, poço, fontes e manancial como partes de uma poética metáfora de cunho sexual entre cônjuges (Veja também Cantares 4.10 e 15). Essa metáfora descreve de forma vívida o prazer sexual como algo intenso e incrivelmente satisfatório. Existe sabedoria e segurança no deleite sexual entre marido e esposa.

 

O prazer sexual, então, é incentivado, e jamais taxado de pecaminoso em si. O que torna o sexo pecaminoso é a busca do prazer como um fim em si mesmo. O texto de Provérbios e a sabedoria bíblica incentivam o prazer como resultado de um relacionamento (5.19 e 20), nunca meramente como resultado de uma performance. Assim, o prazer sexual que os cônjuges desfrutam não é simplesmente no engajamento de um ato, mas na companhia um do outro e debaixo do temor do Senhor (5.21).

 

Bênção de Deus

 

Gosto de pensar que bênçãos são presentes de Deus, dados por causa de Sua graça, com o objetivo de cumprirmos o Seu propósito na Terra. Assim, acredito que podemos dizer que o sexo dentro do contexto conjugal é uma bênção, foi um presente dado por Deus, por causa de Sua abundante graça, para cumprirmos o propósito de um relacionamento íntimo e harmonioso que reflete o caráter e a obra de Deus. A bênção do sexo é tanto um privilégio como uma responsabilidade, que deve ser exercida num contexto de sabedoria, segurança e prazer.

 

Que Deus nos abençoe em conduzirmos a intimidade de nossos respectivos relacionamentos conjugais de forma a exercermos a sabedoria de Cristo, na segurança do leito conjugal enquanto nos deleitamos no prazer sexual santo, para a glória de Deus (1 Coríntios 10.31).

 

Editorial do Pr. Alexandre “Sacha” Mendes

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