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Invencível poder de Deus

Atualizado: 18 de dez. de 2018

Salmo 125


Em 29 de agosto de 2005 o furacão Katrina atingiu a costa sul dos Estados Unidos com força arrasadora. Mais de mil pessoas morreram e os prejuízos foram estimados em bilhões de dólares. A tempestade acabou sendo o maior desastre natural da história norte-americana. No entanto, há algo de incompreensível e, até mesmo, admirável que às vezes acontece em meio a tanta destruição causada por fenômenos assustadores como este: algumas construções permanecem intactas. Casas continuam em perfeito estado, sem nenhuma rachadura ou qualquer telha fora do lugar. Impressionante, não é?


Assim também ficam os que confiam no Senhor que, em meio a crises e conflitos, não se abalam e permanecem seguros e firmes porque estão sob a fortaleza e a inabalável proteção divina.


Esta é a mensagem principal do Salmo 125 em que o salmista compara a segurança dos que temem a Deus com a proteção e fortaleza do Monte Sião. Uma memorável demonstração de fé do povo de Deus que em peregrinação a Jerusalém cantava sua história sob a regência do Santo de Israel.


História como a de Ezequias, rei de Judá, narrada nos capítulos 36 e 37 do livro de Isaías mostra como o exército assírio, que tinha passado sobre a Síria e Israel como um rolo compressor, conquistou todas as suas cidades fortificadas e cercou Jerusalém. Senaqueribe, o rei assírio, com uma carta, afronta e ameaça Ezequias e a conquista assíria da capital de Judá parecia inevitável. Mas Ezequias, que temia e confiava no Senhor, fez algo impressionante: tomou a carta, levou-a ao templo, estendeu-a perante o Senhor e, orando, pediu que Ele mesmo visse as palavras ofensivas do rei assírio e que agisse em favor do Seu povo. E Deus assim o fez, trazendo um grande livramento a Ezequias e a todo o povo de Judá.


Este também é o ambiente do Salmo, que põe em relevo o invencível poder de Deus. No entanto, embora suas linhas continuam, ainda hoje, a enriquecer canções com belíssimos versos de adoração a esse Deus que protege e mantém de pé o seu povo, grande parte dos fiéis tem desafinado quando vê a tempestade se aproximar.


A dúvida e a instabilidade cristãs, guiadas em alta velocidade pelo pecado, desorientam as decisões do crente que, ao invés de procurar a segurança dos montes, recorre aos recursos do mundo e prefere buscar abrigo na aridez do deserto ou na solidão dos vales. A melodia, então, passa a ter um tom angustiante e aflitivo porque o conflito se instala e a crise espiritual é quem, agora, determina o ritmo.


A verdade é que a Palavra de Deus tem sido negligenciada, sua suficiência questionada e sua aplicação terceirizada a tribunais, escritórios de advocacia, bancos, psicoterapeutas, sessões de autoajuda ou qualquer outro meio disponível no sistema traiçoeiro deste mundo.

Neste ponto a ética cristã vira pó e é lançada ao vento, onde a vida espiritual instável do crente flutua sem rumo e sem direção.


Deus é a nossa muralha e o nosso único refúgio. E o que o verdadeiro discípulo de Jesus necessita é confiar na intervenção divina e aprender a depender exclusivamente da graça de Deus e do poder das Escrituras.


Confiar no Senhor não é uma opção, é uma atitude. Confiar no Senhor é reconhecer a nossa insignificância, nossa fraqueza, nossa condição miserável e vulnerável e que, por isso, estaremos sujeitos ao cetro dos perversos, que poderá nos afligir, mas, ainda assim, não permanecerá sobre nós. Confiar no Senhor é ter a certeza que, assim como em volta de Jerusalém estão os montes, assim também o Senhor está ao nosso redor, como nosso escudo, nossa firmeza, nossa fortaleza e, acima de tudo, como única esperança de que habitaremos para sempre na segurança do monte Sião, de onde contemplaremos a ruína dos ímpios e desfrutaremos de um mundo novo que Deus vai estabelecer aqui na Terra, após a vinda de Jesus. Um mundo em que a corrupção, a violência, a pobreza, a injustiça, os conflitos e crises serão apenas histórias do passado; e o presente, realidade de paz que durará para sempre.


Amém! Aleluia!


Editorial de Walter Feliciano



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