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O amigo de Provérbios

Atualizado: 25 de out. de 2019

Em nossa vida, grande parte de nossos problemas vem por não vermos as coisas do ponto de vista de Deus. Vimos exatamente isso ao estudarmos “O sábio de Provérbios”. Com a amizade não é diferente. Muitas vezes, o que buscamos em nossos amigos são interesses comuns, companhia e atenção. Essas são coisas boas, entretanto, no padrão de Deus, amigos são muito mais do que isso. Para entendermos melhor o conceito bíblico de amizade, vamos iniciar com aquilo que o próprio Cristo ensinou sobre o assunto:


“O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros,

assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este:

de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. Vós sois meus amigos,

se fazeis o que eu vos mando. Já não vos chamo servos,

porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.”

(João 15.12-15)


Para Jesus, a amizade estava pautada no amor e isto era algo que vinha da obediência a Ele. Entretanto, essa obediência não era fruto de uma relação puramente de servidão, mas de amizade, pois seus discípulos conheciam as razões pelas quais o deviam seguir. A partir desses conceitos, vamos destrinchar aquilo que o livro de Provérbios nos coloca de maneira tão prática a respeito da amizade.


O amigo ama


“Em todo tempo ama o amigo,

e na angústia se faz o irmão.”

(Provérbios 17.17)


Como Jesus disse, a amizade está baseada no amor. E isso é algo que deve acontecer “em todo o tempo”. A todo momento, o amigo deve buscar os interesses do outro e não satisfazer os seus próprios. Isso é ainda mais evidente em momentos de tristeza e angústia, onde a atitude abnegada de um amigo que ama de forma verdadeira, pode fazer toda a diferença.


O amigo guia


“O justo serve de guia para o seu companheiro,

mas o caminho dos perversos os faz errar.”

(Provérbios 12.26)


Por outro lado, a amizade a que Jesus se referia estava atrelada à obediência. Ou seja, um bom amigo tem o papel de levar o outro por caminhos corretos, ensinando e guiando de forma justa. É nesse contexto que a obediência se insere, ao termos a humildade de ouvirmos os nossos amigos. Sendo Jesus a personificação da Justiça, obedecê-lO e ouvi-lO era o que seus amigos deviam fazer a todo instante.




O amigo repreende


“Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto.

Leais são as feridas feitas pelo que ama,

porém os beijos de quem odeia são enganosos.”

(Provérbios 27.5, 6)


Guiar um ao outro muitas vezes é algo difícil, ainda mais em situações em que o outro apresenta um espírito de rebeldia contra o Senhor. A figura do amigo é fundamental nessas horas para repreender de forma franca e amorosa.


O amigo não abandona


“Como o óleo e o perfume alegram o coração,

assim, o amigo encontra doçura no conselho cordial.

Não abandones o teu amigo...”

(Provérbios 27.9, 10a)


Mesmo nos momentos de rebeldia, o amigo não abandona o outro, assim como nosso Senhor não o faz. A verdadeira amizade encontra doçura nos conselhos, mesmo quando os seguir é custoso.


O amigo alegra


“O olhar de amigo alegra ao coração;

as boas novas fortalecem até os ossos.”

(Provérbios 15.30)


Além da alegria que vem dos conselhos cordiais, um olhar de um amigo também pode levantar nosso espírito e fortalecer nossos ossos, muitas vezes abatidos pelas circunstâncias da vida e por nossos próprios pecados ou de outros.


O amigo edifica


“Como o ferro com o ferro se afia,

assim, o homem, ao seu amigo.”

(Provérbios 27.17)


Por fim, a amizade é um processo de edificação mútua que Deus preparou para crescermos e nos tornarmos mais parecidos com seu Filho. A edificação que uma amizade santa traz é fundamental em nossa caminhada cristã, um presente que Deus nos dá ao colocar pessoas dispostas em investir em nossas vidas, principalmente na igreja em que congregamos.


E você? Tem sido um bom amigo? Tem separado um tempo para investir na vida de amigos, amando-os, guiando-os, alegrando-os, edificando-os e não os abandonando nas horas difíceis?


Editorial de André Negrão



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