Gostaria de começar este editorial parabenizando a todas as mulheres pelo Dia Internacional da Mulher. Agradeço a Deus, que pela sua maravilhosa graça, nos dá a oportunidade de termos mulheres em nosso meio. Mas, será que temos desfrutado desta maravilhosa graça, ou temos distorcido, assim como o mundo, a verdadeira feminilidade?
Quem nos dera, se a grande “batalha dos sexos” fosse entre masculinidade versus feminilidade, com certeza viveríamos em um mundo muito melhor, mas, por conta do pecado que habita em nós, a grande guerra se trava entre o machismo versus o feminismo.
Você talvez esteja se perguntando qual é a diferença entre estas definições, porém, a diferença é bem simples, a masculinidade e a feminilidade foram criadas por Deus, e possuem um propósito, enquanto o machismo e o feminismo são distorções que o homem criou por não querer viver a vontade de Deus. Como consequência disso, historicamente o homem tratou e tem tratado a mulher como um ser inferior, desconsiderando a preciosidade que é a feminilidade e o quão importante ela é para nós.
Preciosa
“Quem encontra uma esposa encontra algo excelente; recebeu um favor do Senhor” (Provérbios 18.22).
“Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis” (Provérbios 31.10).
Estes versículos são algumas das provas de que erramos porque não conhecemos as escrituras (Mateus 22.29). Infelizmente o homem por querer ser “macho” destruiu a feminilidade e contribuiu fortemente para se criar o feminismo, outra distorção criada para destruir a beleza que Deus criou. A Bíblia por diversas vezes se refere à mulher como algo precioso e de grande valor, mas o homem, pelo seu grande orgulho, vive como se a Bíblia dissesse que “quem encontra um marido encontra algo excelente”. Claro que não estou falando que o homem é algo ruim, mas infelizmente, o homem tem vivido de forma maléfica para a mulher. Por não entender o que é a feminilidade, se encontra em dificuldade para viver a verdadeira masculinidade.
O homem veio primeiro! (Gênesis 1.26-2.22)
Com certeza este fato é mal interpretado pela maioria dos homens. Já se perguntou por que Deus criou o homem primeiro? Com certeza não foi porque somos mais importantes, e não! Não foi para evitar que a mulher desse palpite na escolha dos nomes dos animais.
Deus criou todos os animais, macho e fêmea ao mesmo tempo, a Bíblia não narra a criação de todos os animais machos e depois das fêmeas separadamente, mas com o ser humano, Deus colocou este espaço de tempo, entre um e o outro. É claro que podemos tirar mais de um princípio deste trecho, porém, o que eu quero enfatizar é: Deus criou o homem primeiro, para deixar evidente que ele não seria completo sem a mulher. Por isso Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só, far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gênesis 2.18). O homem jamais conseguiria cumprir seu papel se a mulher não existisse! “A mulher foi feita para suprir a deficiência do homem” (John MacArthur).
Cuidado! Seu relacionamento com Deus depende de sua mulher
“Exatamente, da mesma maneira, vós maridos, vivei com vossas esposas a vida cotidiana do lar, com sabedoria, proporcionando honra à mulher como parte mais frágil e coerdeira do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as vossas orações” (1 Pedro 3.7).
Já pensou se seu relacionamento com Deus dependesse de como você trata sua esposa? Então pense, porque depende. A maneira como entendemos a importância da feminilidade, está diretamente ligada ao nosso trato para com as mulheres. Se tratamos as mulheres diferentemente de como Cristo trata a igreja, estamos manchando a imagem de Cristo, a mulher representa a igreja de Cristo, e como temos “cuidado da igreja de Cristo”? Isso é muito sério, tão sério que a Bíblia é muito rigorosa neste assunto, ao ponto de declarar que nossas orações são interrompidas à medida que não damos honra às mulheres. Aí está a importância de entendermos a verdadeira feminilidade! Cristo amou a igreja, e devemos amar nossas mulheres da mesma maneira.
A feminilidade aponta para a transformação da igreja
“E, chegando já a vez de cada moça, para vir ao rei Assuero, depois que fora feito a cada uma segundo a lei das mulheres, por doze meses (porque assim se cumpriam os dias das suas purificações, seis meses com óleo de mirra e seis meses com especiarias e com as coisas para a purificação das mulheres), desta maneira, pois, entrava a moça ao rei; tudo quanto ela desejava se lhe dava, para ir da casa das mulheres à casa do rei” (Ester 2.12,13).
Sei que o foco desta passagem não é a santificação espiritual de Ester, e sim uma “transformação física”. Ester passou 1 ano inteiro se purificando e cuidando de sua beleza para o dia de seu casamento. Havia um objetivo para esse preparo todo, que era estar apresentável ao noivo no dia do casamento.
Assim como Ester, nós fomos escolhidos pelo noivo (Efésios 1.4), e agora precisamos passar por uma transformação, pois não estamos preparados para o casamento. Nossa transformação, porém, não é física e sim espiritual. E do mesmo modo que o rei dava todas as condições para que sua noiva se transformasse, Cristo é suficiente para nossa transformação e é Ele quem nos transforma dia após dia segundo a sua boa vontade (Filipenses 1.6).
Editorial de Rafael Ceron de Souza
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