“Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado” (Mateus 8.8).
Mesmo sendo um oficial do exército romano e de origem pagã, aquele centurião enxergou Cristo como o verdadeiro Messias. Em sua humildade, reconheceu o tamanho do poder e da autoridade de qualquer Palavra que sairia da boca de Jesus. Um exemplo de fé que deveria envolver nosso coração e abrir nossa mente para enxergarmos a completa suficiência da Palavra de Deus. Mas, infelizmente, hoje, grande parte dos cristãos tem negligenciado às Escrituras e recorrido a elas somente quando a necessidade bate à porta ou o sofrimento dá pistas de que ficará em carne viva. Assim, proclamam o Texto Sagrado apenas em busca de conforto, alívio e bênçãos, mas falham em não dar a ele um verdadeiro significado de vida. E quando a tempestade passa, a Palavra de Deus volta a ser novamente o calço de algum móvel capenga, ou somente mais um aplicativo inútil no celular, ou, ainda, um adorno empoeirado em qualquer mesinha no canto da sala. A verdade é que muitos cristãos apenas possuem uma Bíblia, mas não se deixam possuir por ela. Permitem que a desídia com o Texto Sagrado lhes estenda o tapete vermelho da preguiça espiritual, por onde desfilam em grande estilo, sob os aplausos do mundo, a indiferença, a mornidão e a letargia espiritual que, sem nenhum constrangimento, impedem que os holofotes de suas vidas se voltem para a única autoridade que deveria brilhar: Cristo Jesus. E o resultado? Uma vida miserável, cheia de reclamações, murmurações e dificuldades, vivida quase sempre nos bastidores da igreja e centrada mais na dúvida que aprisiona do que na fé que liberta.
Ignorar as Escrituras é como caminhar com os pés descalços sobre a instabilidade de barrancos arenosos à beira do precipício. O perigo será sempre iminente e a queda, inevitável. Mas, viver na Palavra de Deus é viver seguro e confiante nas promessas do Criador. É nos deixar conduzir pelo Poder da Cruz e da santidade de Cristo como única orientação fiel a guiar-nos pelos caminhos da verdade e da justiça, envolvidos pela manifestação sobrenatural do Espírito Santo que nos permite ver em cada ponto, cada vírgula, citação, frase, informação, versículo ou capítulo contidos no Texto Sagrado, o encanto de CONHECER A DEUS.
Quando pela Graça nossos olhos foram abertos e nossa vida transformada, conhecer a Deus se tornou a coisa mais importante para nós. Porque é através desse conhecimento que desenvolvemos a capacidade de compreender os atributos do nosso Senhor que é Santo, Justo e Misericordioso. Que é Soberano, Luz e Espírito. E, essencialmente, do nosso Deus que é Onisciente, Onipresente e Onipotente. Quanto mais conhecemos os infinitos atributos do Senhor, tanto mais conseguimos experimentar o tamanho do Seu poder, do Seu amor, da Sua fidelidade e o quanto Ele age em nossas vidas. Quando passamos a conhecer verdadeiramente o Senhor, conseguimos enxergar quem Ele é e quem de fato nós somos e o quanto de arrogância tem em nossa humildade, o quanto de orgulho tem em nossa simplicidade, o quanto de violência tem em nossa mansidão, o quanto de incerteza tem em nossa esperança, o quanto de ganância tem em nossas orações, o quanto de indiferença tem em nosso amor e que, por isso, o quanto nós dependemos exclusivamente da Sua misericórdia.
Deus tem preparado coisas maravilhosas para nós, mas só teremos acesso a elas por meio da Sua Palavra. Então, quanto mais conhecemos e vivemos as Escrituras, mais crescemos em santidade à semelhança de Cristo Jesus e é isso que determina nosso padrão de moralidade, de ética e, sobretudo, a forma como vamos nos relacionar com os outros. E tanto mais passamos a compreender que a verdadeira marca da maturidade espiritual está em aplicar todo esse conhecimento em nossas vidas para honra e glória do Senhor e para adorá-Lo em essência e grandeza. É assim que devemos viver!
Amém! Aleluia!
Editorial de Walter Feliciano
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